O Covid-19 e a política das universidades privadas: o caso da Belas Artes

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Desde 2017 a Belas Artes vem fazendo cortes de verba no curso de Artes Visuais, assim gerando o sucateamento do curso, a falta infraestrutura dos ateliês, demissões em massa de técnicos e professores. Naquele ano,  ocorreu uma grande inundação nos ateliês de pintura e xilogravura, os trabalhos dos alunos foram danificados e a  Belas Artes prometeu reembolsar os alunos que perderam suas obras na inundação, também prometeu construir uma nova unidade para o curso de Artes Visuais, mas nada disso foi feito, pois bem sabemos que a instituição só visa garantir o lucro da mantenedora, a Fundação Educacional Belas Artes de São Paulo (FEBASP), e cada vez mais diminuir os “gastos”  e sucatear os cursos.

Além disso, mesmo com a falta de infraestrutura a Belas Artes continua aumentando as mensalidades semestralmente, dificultando a permanência dos estudantes na faculdade e causando evasões.

Outro ponto é a total falta de apoio da instituição para com os bolsistas. Os estudantes bolsistas têm maiores dificuldades para comprar os materiais exigidos pelos professores durante o curso e que são caríssimos, não há espaço de convivência para que os estudantes que trabalham ou trazem comida de casa possam esquentar suas marmitas, ou seja, o ambiente da Belas Artes exclui e ignora as necessidades dos estudantes que mais precisam.

A principal justificativa apresentada pela instituição para os cortes de verbas e falta de infraestrutura nos ateliês de artes é a crise financeira que ronda instituição, no entanto, os cursos mais rentáveis não tiveram nenhum corte ou piora em sua estrutura e continuam funcionando normalmente. Enquanto isso o curso de Artes Visuais continua sofrendo vários ataques por parte da instituição com a nova medida de “redução de gastos”, as salas cada vez mais cheias, redução dos ateliês livres, demissões de técnicos e reajustes de mensalidades.

Mesmo que a FEBASP tenha caráter de mantenedora “sem fins lucrativos” toda sua lógica é a lógica do capitalismo na educação, a lógica dos tubarões do ensino pago. Estamos em um período de crise do capitalismo e os capitalistas não querem pagar pela crise e descontam nas costas dos trabalhadores e da juventude. No ambiente universitário isso se expressa na piora das condições de estudo para professores, funcionários, técnicos e estudantes. A FEBASP é uma mantenedora privada que recebe dinheiro público via FIES, PROUNI. Mesmo utilizando recursos públicos a FEBASP desconta a conta na crise em nossas costas!

Com a situação de pandemia, a Belas Artes e diversas outras universidades privadas, aplicam uma política de continuidade do calendário, mesmo em cursos presenciais e semi presenciais, via EAD. Os estudantes pagam por um curso presencial e a universidade entrega um curso EAD! Isso é roubo! Exigimos que as aulas via EAD, nesse momento de quarentena, sejam com plataformas de qualidade e seja garantido pela universidade as condições necessárias para que todos os estudantes acessem as aulas, como computadores e internet. As mensalidades devem ser reduzidas em todos os cursos! Se nos dizem que não é possível reduzir as mensalidades, então que suspendam as aulas EAD e façam a reposição presencial! Não aceitaremos ser roubados e nem que a instituição permaneça com o EAD quando a situação se normalizar!

Essa política faz parte da política geral do capitalismo, onde a finalidade dos capitalistas não é a mercadoria em si (nesse caso, a educação) mas o lucro. E mesmo nas universidades públicas e federais a mesma lógica tem sido aplicada, mas de maneira diferente. O projeto Future-se, o corte de verbas para as universidades federais e o corte das bolsas da CAPES e CNPq mostram bem qual o projeto que o governo Bolsonaro – representante do capital – tem a oferecer para a educação: sucateamento do ensino público e privatização! Não aceitamos que a juventude pague pela crise do capitalismo, lutamos por uma sociedade socialista, onde a riqueza que produzimos, seja material ou intelectual, seja usada para benefício comum e não privado, onde nossas necessidades, como uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, sejam atendidas! Por isso defendemos o Fora Bolsonaro, por um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais, como primeiro passo da luta revolucionária da juventude e dos trabalhadores rumo a um governo, verdadeiramente dos trabalhadores! Junte-se à Liberdade e Luta!

REDUÇÃO DAS MENSALIDADES EM TODOS OS CURSOS! REPOSIÇÃO PRESENCIAL DAS AULAS SUSPENSAS!

CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA UNIDADE PARA CURSO DE ARTES VISUAIS!

DIMINUIÇÃO DE ESTUDANTES POR SALA!

RECONTRATAÇÃO DOS TÉCNICOS E PROFESSORES DEMITIDOS!

PELA PERMANÊNCIA ESTUDANTIL DOS ALUNOS BOLSISTAS!

FORA FEBASP! FEDERALIZAÇÃO DA BELAS ARTES! POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E PARA TODOS!

FORA BOLSONARO! POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES, SEM PATRÕES NEM GENERAIS!

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