A luta contra o retorno às aulas presenciais, a traição das direções e nossas perspectivas

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Chegamos há um ano da pandemia global do novo coronavírus que já tirou duas milhões de vidas no mundo e mais de 250.000 no Brasil. Diante desse cenário de barbárie, fica evidente que a única saída que o capitalismo tem a oferecer frente a crise econômica e sanitária são ataques aos direitos, sofrimentos e mais mortes para os trabalhadores e jovens, nos usando de buchas de canhão para manter seus lucros. A pressão para o retorno às aulas presenciais são um exemplo dessa tentativa frustrada para garantir os lucros e fazer com que a população volte “ao normal”, passando a imagem de que tudo está ficando bem. Porém, a última coisa que as coisas estão é normal. Com o retorno para as unidades escolares no início de fevereiro o aumento de casos da covid-19 também explodiu pelo país, levando 1582 mortes pelo vírus em 24h no último dia 25/02, esse foi o maior número de mortes em um única dia desde o início da pandemia e mais uma vez, nesse dia, Bolsonaro questiona o uso de máscaras e do isolamento social, demonstrando seu desprezo pelas vidas proletárias. Na França, assim que houve a tentativa de retorno às aulas, os estudantes se infectaram e três dias após a reabertura, as escolas voltaram a fechar. Em Campinas – SP, um jovem de 13 anos que estava em sala de aula morreu na última sexta (26/02), com suspeita de covid-19. Esses são apenas alguns exemplos de como a tentativa de voltar “ao normal” condena a vida de milhares de pessoas à morte em busca de garantir o lucro dos grandes capitalistas.

Em São Paulo, antes mesmo do retorno das aulas presenciais nas escolas, marcado para 15 de fevereiro, a APEOESP deflagrou greve sanitária contra a volta das atividades. Desde então a perseguição aos professores está na ordem do dia do governador do Estado João Dória (PSDB) e o secretário da educação Rossieli Soares. Na nota: Parem a perseguição e repressão aos professores grevistas em São Paulo, os professores relatam por meio de ameaças de interrupção de exercício (perda de aulas atribuídas) ou extinção contratual para os professores Categoria O, ou mesmo de exoneração de cargo para professores F e efetivos. E fazem isso com plena ciência de que ferem o direito à greve garantido pelo art. 9º da Constituição Federal. Como sempre, a burguesia, quando lhe convém, ignora suas próprias leis.” Além disso, na última sexta, o secretário municipal anunciou que os professores que estão em greve terão seu salário cortado. Desde já a Liberdade e Luta se coloca ao lado dos trabalhadores da educação e chama todos os jovens a enviarem as suas moções. Já em Santa Catarina, o que parece piada não é. Nos últimos 15 dias, o Sinte/SC realizou duas assembleias virtuais. Na primeira, do dia 12, deliberou por greve a partir do dia 18 (data do início das aulas presenciais em Santa Catarina). Na segunda, dia 16, deliberou por encerrar a greve (antes mesmo de começá-la). O que parece cômico, na verdade é trágico e os trabalhadores em educação retornam às salas de aula se expondo ao vírus e levando SC ao nível gravíssimo, lotando todos os leitos de UTIs, batendo novos recordes de internados.

Diante desse cenário existe a esperança da vacina, mas não é uma vacina para todos. Hoje, 0,01% da população brasileira está vacinada entre os primeiros grupos prioritários. A perspectiva é que apenas 18% da população seja vacinada ainda em 2021, ou seja, para nós as coisas estão longe de voltarem ao normal. Até mesmo os representantes mais sérios da burguesia entendem isso afirmando que o vírus não conhece fronteira, tendo que tratá-lo como algo global, se não estaremos presos em nossas fronteiras, sendo a solução vacinar toda a população. Porém, a aversão de Jair Bolsonaro em adotar medidas rígidas de bloqueio, garantir a vacinação e tratar a pandemia como uma gripezinha a tornou mais mortal e mais cara de lidar e quem está sentindo o gosto amargo disso tudo é a classe trabalhadora. O atraso da imunização por parte do governo leva ao surgimento de mutações, sendo assim as novas variantes do vírus dificultam o trabalho dos cientistas no desenvolvimento direto da vacina para uma única variante do vírus. A experiência da crise sanitária do coronavírus nos serve para mostrar que o capitalismo é um horror sem fim e que não tem como governar sem condenar a humanidade à morte. Cabe a nós tomarmos o futuro em nossas mãos. Façamos nós por nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito!”

Nesse contexto, convidamos jovens estudantes e trabalhadores da educação para participar do 2º Seminário em Defesa da Educação Pública, Gratuita e Para Todos em tempos de pandemia, que será realizado no dia 17/04 (sábado) às 14h, de maneira virtual, para nos agruparmos e organizarmos. Nele discutiremos qual escola que defendem os marxistas e como construir uma direção revolucionária lutando por educação pública, gratuita e para todos. Se inscreva aqui!

  • Retorno às aulas somente com vacina para todos!
  • Abaixo governo Bolsonaro, por um governo dos trabalhadores, sem patrões, nem generais!
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