O Enem passou. O que fazer?
Mais de oito milhões de jovens brasileiros se inscreveram para o ENEM, que aconteceu nesse final de semana. Essa prova, além dos vestibulares, seria desnecessária se o direito à educação pública e gratuita fosse respeitado nesse país. Nenhuma organização de juventude, nenhuma entidade do movimento estudantil, pode deixar de ter isso como norte: a luta por vaga para TODOS na escola pública, em todos os níveis; o fim do Enem e do vestibular.
A triste realidade que vivemos hoje é de que menos de 5% dos jovens que prestam o ENEM conseguem estudar de maneira totalmente gratuita no ensino superior. Parte dessas vagas ainda, são compradas pelo governo em instituições privadas, através do ProUni.
A situação da educação, que já estava ruim, piora no “governo” Temer. Os cortes que vinham sendo feitos por Dilma, são acelerados, com o já anunciado corte de vagas nas universidades federais, o congelamento de recursos do serviço público proposto com a PEC 55 (aprovada pela Câmara dos Deputados como PEC 241) e a famigerada medida provisória da Reforma do Ensino Médio, que prejudicará também os ensinos fundamental e superior.
O Ministério da Educação, ao adiar para dezembro o exame dos 240 mil estudantes cujo local de prova eram escolas ocupadas contra os ataques à educação, tenta mais uma vez jogar a população contra o movimento de resistência dos estudantes. Nossa tarefa é continuar explicando para cada trabalhador e cada jovem o que representam os ataques propostos por Temer e aprovados pelo Congresso Nacional.
Fora Temer e o Congresso Nacional!