É tempo de lutar

bauru

bauruA cada dia a juventude e a classe trabalhadora sofrem com ataques novos e mais profundos. A PEC 55, que precariza os serviços públicos, utilizados principalmente pela população mais pobre, foi aprovada no Senado para valer por 20 anos. Manifestantes contrários à PEC foram tratados com a típica truculência da Polícia Militar e mais de 100 foram detidos.

A Reforma do Ensino Médio, MP 746, outro ataque a juventude e às próximas gerações, já foi aprovada na Câmara dos Deputados e segue para o Senado. O cerne da medida provisória continua a mesma: a destruição da educação pública, gratuita e para todos.

Ontem (13) ocorreu a votação da sessão final da CPI da Merenda, que apurou o pagamento de propina e superfaturamentos em contratos da merenda escolar durante a gestão de Geraldo Alckmin (2011 a 2014) no governo do estado de São Paulo. O relatório final aprovado isentou todos os políticos citados (dos partidos PMDB, PSDB, PPS, SD e PTB) e indiciou 20 pessoas ligadas à COAF (Cooperativa Orgânica Agrícola Familar), à Secretaria da Educação e à ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo), mesmo com algumas peças-chave no esquema não tendo sido ouvidas.

As mobilizações estudantis que culminaram com ocupações das ETECs no início deste ano, denunciavam a precariedade e a falta de merenda em diversas escolas no estado de São Paulo. Os estudantes exigiam o fim da máfia da merenda. As entidades estudantis tradicionais, UNE, UBES e UPES, dirigidas pela UJS (juventude do PCdoB), levaram a luta contra a Máfia da Merenda para a via institucional através da bandeira da “CPI da Merenda”, numa Assembleia em que a maioria dos deputados são envolvidos com essa máfia. O objetivo dos aparatos estudantis era evitar que a revolta dos estudantes saísse do seu controle. 

A Liberdade e Luta realizou uma série de intervenções neste processo. Denunciamos desde o início o papel da UPES e demais entidades e continuaremos na luta ao lado dos estudantes.

“Não rir nem chorar, mas compreender”

A frase acima do filósofo Baruch Spinoza é um bom norte para a juventude e a classe trabalhadora. Nossos direitos estão sob ataque e é preciso ter serenidade e encarar a situação com a ótica própria. Para isso, defendemos a organização da juventude para luta revolucionária e nos dedicamos cotidianamente a essa tarefa. O Acampamento Revolucionário de 2017 será um dos espaços fundamentais para seguirmos neste combate. Participe!

Abaixo a PEC 55, a MP do Ensino Médio e a Mafia da Merenda!

Contra a repressão aos movimentos sociais!

Fora Temer e o Congresso Nacional!

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