Organizar, mobilizar, unir: lutar pela Revolução!
Faz um ano que fundamos a Liberdade e Luta em um acampamento na fábrica ocupada pelos trabalhadores Flaskô. Em nosso Manifesto, declaramos que lutamos pela liberdade, e que ser livres é tudo o que queremos. Mas também deixamos claro que temos consciência de que não é possível ter liberdade de fato num mundo capitalista. Desejamos um mundo onde seremos socialmente iguais, individualmente diferentes vivendo em liberdade. E falamos bem alto que nós sonhamos, mas que também lutaremos permanentemente para tornar nossos sonhos realidade.
Faz um ano que fundamos a Liberdade e Luta em um acampamento na fábrica ocupada pelos trabalhadores Flaskô. Em nosso Manifesto, declaramos que lutamos pela liberdade, e que ser livres é tudo o que queremos. Mas também deixamos claro que temos consciência de que não é possível ter liberdade de fato num mundo capitalista. Desejamos um mundo onde seremos socialmente iguais, individualmente diferentes vivendo em liberdade. E falamos bem alto que nós sonhamos, mas que também lutaremos permanentemente para tornar nossos sonhos realidade.
Neste novo ano, vemos que os oito homens mais ricos do mundo têm mais riqueza do que metade da humanidade. As organizações internacionais do capitalismo registram mais de 200 milhões de desempregados pelo mundo e 12 milhões desses estão no Brasil. Ainda, a juventude representa 75 milhões desses desempregados, sendo que cerca de 4 milhões são brasileiros. Esses são dados oficiais, dados mascarados, que nos levam a crer que as proporções sejam muito maiores.
Continuamos olhando um presente e um futuro de guerras, fome, refugiados, drogas, violência, desemprego, miséria, preconceito e opressão vivendo no capitalismo. Dezenas de guerras estão acontecendo agora mesmo e mais de 65 milhões de seres humanos vivem como refugiados. Neste inverno europeu, aqueles que fugiram da guerra síria estão morrendo de fome e de frio. Tudo isso mostra que a célebre frase continua atual: o capitalismo é o horror sem fim.
Mas, também vemos confirmada nossa previsão de que cada vez mais jovens se lançariam no caminho da revolução. Eles olham para a sociedade existente e não aceitam a continuidade do horror que ela provoca como se não houvesse alternativa. Ao mesmo tempo, pela própria experiência, cada vez mais gente abandona as ideias e organizações reformistas.
No coração do capitalismo, nos Estados Unidos, manifestações massivas ocorreram no final do ano passado e neste mês contra a eleição de Donald Trump. A juventude tem mostrado forte participação nesses episódios. Em alguns protestos, tem surgido da multidão o grito “Nossa solução: Revolução!”.
Os jovens franceses tomaram as praças para conversar e se mobilizar contra os graves ataques feitos pelo presidente François Hollande. Essa forma de resistência ficou conhecida como Noites em Claro.
Do México também chegam notícias de grandes atos contra o governo de Peña Nieto, e suas medidas para explorar ainda mais a população pobre.
Na Itália, 60% dos que tem entre 15 e 18 anos querem uma revolução.
Toda essa situação de instabilidade mundial tem consequências sobre o Brasil. Uma grave crise de legitimidade das instituições políticas existentes se expôs nas últimas eleições. O grande pacto social estabelecido com a Constituição de 1988, materializado na “Nova República”, dá cada vez mais sinais de que está naufragando. Essa situação levou ao impeachment de Dilma Rousseff e à formação do governo de Michel Temer.
Esse governo biônico resulta de um grande acordo dos setores da classe dominante sobre a necessidade de acelerar e ampliar os ataques de direitos e conquistas das massas trabalhadoras, aumentar sua exploração, e entregar o máximo de riquezas naturais e serviços estatais para a burguesia imperialista. Para cumprir essa missão o governo e seus aliados estão levando à frente as reformas da previdência, trabalhista, e do ensino médio. São verdadeiras contrarreformas para fazer com que os trabalhadores e os jovens paguem pela crise.
A Reforma da Previdência não só ameaça os trabalhadores de hoje, como a própria juventude que está entrando ou vai entrar no mercado de trabalho. Subtraindo anos de vida dos que precisam vender sua força de trabalho, ameaçam nos fazer trabalhar até morrer. Querem jogar nosso futuro na lata do lixo. Além disso, o próprio regime de trabalho, que para muitos já é extremamente precarizado, tende a piorar se a Reforma Trabalhista for aprovada. O combate a essas contrarreformas deve ser realizado por jovens e trabalhadores lado a lado. Essas medidas devem ser discutidas nas escolas e universidades. Não é uma discussão que cabe apenas aos sindicalistas e trabalhadores. É também luta da juventude.
A vanguarda da juventude, sua camada mais consciente, saiu às ruas e ocupou escolas assim que a Reforma do Ensino foi apresentada por meio de uma Medida Provisória, a MP 746. A Reforma do Ensino significa a destruição da escola pública como a conhecemos hoje. Além de precarizar o já ruim ensino, abre as portas para a iniciativa privada e ataca os direitos trabalhistas, ao acabar com a necessidade de concurso público para contratar professores.
A juventude demonstrou coragem e disposição de luta ao ocupar as escolas no final do ano passado. A direção da UBES, que deveria ser um ponto de apoio para unificar esse combate, está presa por sua política de conciliação e aos seus métodos burocráticos. Para derrotara MP 746 e os demais ataques em curso, é preciso massificar a luta. Ocupações com poucos estudantes só ajudam a facilitar a repressão. É preciso utilizar os métodos coletivos de luta, assembleias que apliquem as decisões da maioria, na busca por mobilizações massivas. Também é preciso organizar uma greve nacional da educação, de professores e estudantes, para enterrar essa contrarreforma de uma vez por todas.
Nossa luta contra a repressão segue. A Polícia Militar mata jovens e trabalhadores diariamente nas favelas e bairros operários. Nas manifestações, age com brutalidade, usando bombas, balas de borracha, gás lacrimogêneo e cacetetes. Nas ocupações de escolas em 2016, fotos e vídeos de PMs apontando as armas para estudantes secundaristas, algemando menores, viralizaram na internet.
Além disso, querem reprimir o estudante e o professor dentro da sala de aula. O projeto da Escola Sem Partido, a Lei da Mordaça, busca calar a todos e cria um clima de vigilância constante na escola. Esse projeto absurdo e retrógrado foi derrotado em algumas cidades e estados. Mas ele segue em discussão no Congresso Nacional e chegou a ser aprovado em Alagoas. A luta contra a Lei da Mordaça também faz parte da luta contra a repressão. Por esse motivo dizemos: Abaixo a Lei da Mordaça! Abaixo a Repressão! Pelo Fim da Polícia Militar!
Mais um ano começa e a maioria dos estudantes que se inscreveram no vestibular não irão conseguir vaga na universidade pública e terão que pagar altas mensalidades. De 136.736 estudantes inscritos no vestibular da USP, apenas 8.734 conseguiram uma vaga. Dos 8,647 milhões de estudantes inscritos no ENEM, apenas 238.397 mil irão conseguir uma vaga em universidades públicas! Nossa luta deve ser por educação pública, gratuita e para todos! Todos os jovens dentro das universidades!
Cem anos atrás, uma geração de jovens revolucionários russos ousou tomar o poder no episódio que ficou conhecido como a Revolução Russa de 1917. As revoluções não começaram nessa data, e também não acabaram ali. Vivemos uma continuidade dos grandes acontecimentos do passado. Em 2016, frisamos que nos inspirávamos na onda revolucionária que varria todos os continentes. De lá para cá, vimos que cada vez mais explosões da luta de classes estão acontecendo por todo o mundo. Um mundo onde a luta de classes se polariza à direita e à esquerda. Nós sabemos o nosso lado. Nosso coração é vermelho e nosso lado é o da classe trabalhadora. Revolução!
A Liberdade e Luta surgiu para organizar, mobilizar e unir a juventude em defesa de uma plataforma revolucionária de reivindicações, contra o capitalismo e pela construção de uma nova sociedade no Brasil e no mundo, o socialismo.
Precisamos organizar cada vez mais jovens para enfrentar a situação que vivemos e fazermos o novo mundo que desejamos nascer. Contamos com o entusiasmo e o espírito revolucionário da juventude para garantir as primeiras vitórias da luta. Mas, acreditamos ser fundamental estar junto com os trabalhadores para alcançar nossos sonhos.
Como jovens revolucionários olhamos o mundo com os olhos da classe trabalhadora. A luta contra a opressão e a desigualdade, é parte indissociável da luta contra o capitalismo. Por um mundo verdadeiramente livre, fraterno e igualitário, por um mundo socialista!
Fora Temer e o Congresso Nacional!
Abaixo os ataques à Educação e às Liberdades Democráticas!
Abaixo ao ataque aos direitos trabalhistas!
Abaixo o capitalismo! Pela Revolução, pelo Socialismo!