Pré-Encontro Fora o Imperialismo e Suas Guerras!

21 de novembro de 2025 – Joinville, Brasil (com transmissão online)
O capitalismo traz a guerra como a nuvem traz a tempestade!1
Como combater no Brasil contra o capitalismo e a exploração?
Como abrir uma perspectiva por um novo mundo?
O capitalismo decadente há muito tempo deixou de jogar qualquer papel progressista para a humanidade. A busca do lucro pelos capitalistas só produz dor, miséria, opressão, guerras e um futuro de barbárie para a Humanidade. Agora, uma nova situação de caos se abre no mundo!
A crise econômica se aprofunda, divisões e choques entre frações da classe dominante se intensificam, cujo pano de fundo é o modo como cada capitalista pretende se salvar esmagando a classe trabalhadora e barrando qualquer futuro digno para a juventude.
Uma destrutiva guerra comercial foi desatada, avançando no início da desagregação do mercado mundial, o que é o caminho da catástrofe para a Humanidade. A crise orgânica do capital deu um salto de qualidade. O mundo mudou e nada mais será como antes!
O governo de Donald Trump é a expressão mais aguda desta mudança. Uma nova situação em que tudo que é sólido se dissolve no ar. O governo Trump é fruto da atual crise orgânica e estrutural do capitalismo e, ao mesmo tempo, um catalisador para a aceleração da nova situação mundial. Com sua ofensiva, rasgou as máscaras “democráticas” e escancarou a face monstruosa do imperialismo. Em todo o mundo, os governos ditos democráticos cada vez mais mostram sua verdadeira essência de estruturas armadas para defesa do capital.
Dezenas de conflitos armados estão em curso no mundo. As guerras giram a indústria armamentista e alimentam o capital imperialista. Os EUA continuam apoiando e financiando o Estado sionista e genocida de Israel e organizando e coordenando os ataques terroristas de sua cabeça de ponte no Oriente Médio, Israel, e do próprio imperialismo norte-americano contra o Irã. Prossegue o massacre dos palestinos, o genocídio de um povo expulso de suas terras pelos imperialismos com acordo de Stálin, em 1948. O governo sionista israelense fala claramente em destruição e devastação total na Faixa de Gaza.
A guerra reacionária na Ucrânia, que o ultrarreacionário Putin e sua burguesia mafiosa iniciaram utilizando as provocações da OTAN, instrumento do imperialismo norte-americano, e que havia anunciado derrubar o governo de Kiev e ganhar a guerra em uma semana, já se arrasta há mais de 3 anos, com mais de 1 milhão de mortos. Ao mesmo tempo em que os EUA e os outros países imperialistas da Europa vivem da guerra e para a guerra. A guerra na Ucrânia serve a todos os reacionários envolvidos, como Putin, Biden/Trump, Zelensky e seus cúmplices na Europa. Os governos europeus aumentam espantosamente os orçamentos militares, ao mesmo tempo em que cortam verbas de serviços públicos de Educação, Saúde, Moradia etc. para a população. A guerra é terrivelmente lucrativa!
Os EUA ameaçam a Groenlândia e o Canadá. E declaram que querem tomar o Canal do Panamá. Sem nenhum pudor, o secretário de Defesa dos EUA diz que a América Latina é o “nosso quintal”.
O governo Trump intensifica a perseguição aos imigrantes, o que é um ataque a toda a classe trabalhadora. Prisões e deportações em massa são realizadas em condições degradantes. E desfecha ataques sem precedentes contra a Educação, a Saúde e o sistema médico dos EUA. Envia tropas, inclusive de guerra, para aterrorizar o povo de Los Angeles e a classe trabalhadora de todo o país. Estes são seus verdadeiros inimigos. Nenhuma lei ou direito, sejam nacionais ou internacionais, são respeitados pelo suposto “combatente pela liberdade e pela democracia” de Donald Trump, que promove uma perseguição generalizada, prisões e deportações de estudantes que participam de protestos em solidariedade à Palestina. O que se soma às ações dos governos burgueses europeus, e muitos outros, de perseguição e repressão aos defensores da causa palestina e sua luta contra o massacre em curso.
A ofensiva imperialista é um ataque direto ao proletariado mundial: guerras, fechamento de postos de trabalho, desemprego, inflação, repressão, xenofobia, retirada de direitos e cortes de serviços públicos em todos os lugares.
Mas os povos resistem e lutam. No coração do imperialismo, nos últimos anos, vimos o movimento Black Lives Matter desafiar a polícia racista, o aumento de sindicalização e greves de operários, grandes manifestações e ocupações de universidades contra o genocídio na Faixa de Gaza, a solidariedade entre os trabalhadores norte-americanos contra as deportações em massa. Em todo o mundo, do Sudão a Bangladesh, de Mianmar ao Chile, e, mais recentemente, grandes mobilizações com assembleias populares na Sérvia que levaram à demissão do governo reacionário de Milus Vucevic, greve geral na Grécia com um milhão nas ruas de Atenas, protestos de massa na Turquia, na Argentina etc. Trabalhadores na Suécia, França (Marselha), Grécia e Marrocos, se negando a embarcar armas para Israel. Petroleiros no Brasil exigindo de Lula que pare de enviar petróleo para a máquina de guerra de Israel.
No Brasil, Lula critica Trump, mas continua a política reacionária do capital contra tudo o que foi conquistado pela classe trabalhadora até hoje. Os bolsonaristas são os falsos patriotas que batem continência para a bandeira norte-americana e louvam Trump. Eles são a expressão da decadência e da putrefação da sociedade capitalista. Lula condena o genocídio na Faixa de Gaza, mas continua alimentando o massacre enviando petróleo brasileiro para o Estado racista de Israel e comprando armas do sionismo sanguinário.
O governo imperialista dos EUA ataca o Brasil como se aqui fosse seu quintal e um reduto de escravos. Imposição de tarifas que atacam diretamente a economia brasileira, ameaças policialescas diretas e utilização do Estado norte-americano como seu instrumento pessoal de perseguição contra seus desafetos políticos, são ataques inadmissíveis à soberania nacional.
Ao contrário das mentiras do governo Lula, e da burguesia e sua imprensa, de que os EUA sempre tiveram relações harmoniosas com o Brasil, a verdade é que eles sempre exerceram políticas atrozes de dominação através da superexploração com suas multinacionais, de seus bancos e seu capital financeiro. Organização, financiamento e apoio às ditaduras militares, no Brasil e em toda a América Latina, assassinatos e todo tipo de ingerência contra os povos dos países dominados.
Os trabalhadores e a juventude de todo o mundo não estão derrotados e têm disposição de luta. Há muito enfrentamento, luta e resistência.
É hora de recolocar nas ruas a luta anti-imperialista revolucionária! É hora de exigir das organizações que se reivindicam da classe trabalhadora, do anti-imperialismo e da soberania nacional, que organizem e mobilizem, em assembleias, nos locais de trabalho e nas ruas, os trabalhadores e a juventude. É hora de mobilizar por medidas concretas em defesa da classe trabalhadora e da juventude diante da ofensiva imperialista. Em 20 de novembro faremos juntos um Encontro Nacional para continuar a luta contra o imperialismo e suas guerras.
Este Encontro, nesta data, será também uma homenagem a Zumbi dos Palmares e a todos que lutaram contra a escravidão e a opressão colonial e imperialista até hoje. Abaixo o racismo e a opressão.
Não se pode esperar uma solução dos vassalos do capital e dos social-liberais que iludem o povo trabalhador vendendo falsas esperanças no Governo Lula/Alckmin), no Congresso Nacional de Hugo Mota, Alcolumbre e seus cúmplices. Ou mesmo no Judiciário, que se coloca acima das leis e legisla contra os trabalhadores e, ao mesmo tempo, na verdade esmagando a liberdade de expressão, com sua hipócrita política de “defesa da democracia”. E cujo resultado é abrir caminho para a extrema direita, para a escória social bolsonarista.
Venha participar e discutir como encontrar e construir os meios para organizar, mobilizar e vencer!
No Brasil, para expulsar o imperialismo é preciso:
- Anular a Dívida Interna e Externa! Dinheiro para saúde, educação e serviços públicos!
- Em defesa dos empregos! Estatização de todos os bancos, das multinacionais dos EUA e todas as outras!
- Monopólio estatal do comércio exterior!
- Pelo fim da escala 6×1! Redução da jornada sem redução de salários!
- Reajuste mensal dos salários de acordo com a inflação!
- Ruptura de todas as relações comerciais e diplomáticas do Brasil com o Estado sionista de Israel
- Fora o imperialismo! Abaixo as guerras e o capitalismo!
- Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!
Nota:
Frase de Jean Jaurés: Revolucionário francês da luta contra o início da Primeira Guerra Mundial, assassinado em 31 de julho de 1914 por um nacionalista. ↩︎