Apesar da desocupação, a luta pela cultura continua
Na tarde do dia 31 de Maio, trabalhadores da cultura ocuparam o prédio da Secretaria Municipal de Cultura contra André Sturm, atual secretário da gestão Dória. Ele é responsável pelo congelamento da verba dos fomentos à dança, ao teatro e à periferia, o desmonte dos programas Piá e Vocacional e todas as outras políticas de austeridade que estão prejudicando diversas atividades culturais existentes na cidade de São Paulo.
Dois dias antes da ocupação, além de se negar a dialogar com todos os trabalhadores da área cultural, Sturm afirmou que irá acabar com o Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, que é responsável por atividades artísticas em um prédio público na zona leste de São Paulo. E também ameaçou “quebrar a cara” de um de seus integrantes.
Depois de mais de 27 horas de ocupação, os trabalhadores decidiram sair do prédio por estarem suscetíveis a ação truculenta da polícia, que recebia ordens de Doria e Alckmin para exercer um mandato de reintegração de posse sem ter ao menos um respaldo jurídico. Ou seja, nem eles seguem as leis do Estado burguês que tanto defendem.
Para além de esperar algum tipo de diálogo com os inimigos da classe trabalhadora é preciso lutar contra o congelamento da verba da cultura e pela ampliação de suas pautas. Devemos lutar tanto pela derrubada de André Sturm quanto a de Temer e de todo o Congresso Nacional. Nossa luta deve ser contra todos aqueles que só servem aos capitalistas e a sua lógica mercadológica.
As pautas da cultura não estão isoladas de outras pautas do conjunto da classe trabalhadora. Somente a unidade poderá dar força ao movimento e torná-lo vitorioso, fazendo da arte e da cultura um bem acessível a todos.
FORA STURM!
PELO DESCONGELAMENTO DA VERBA DA CULTURA!
FORA TEMER E O CONGRESSO NACIONAL!
POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES!