Santiago Maldonado: O queremos vivo
No dia 1° de agosto de 2017, o ativista argentino Santiago Maldonado desapareceu no sul da Argentina pelas mãos das forças de segurança do Estado argentino.
A gendarmería* após atuar para repreender um bloqueio na rodovia Rute 40 invadiram o território Pu Lof Cushamen sem nenhum mandato judicial reprimindo diversos manifestantes que estavam ali presentes incluindo Santiago Maldonado.
Santiago foi detido e levado pelas forças da gendarmeria, como é relatado por vários presentes naquele local e também é notório pelo depoimento das testemunhas que tal ação foi orquestrada em conjunto com os seguranças da fazenda Leleque Benneton que são os principais interessados na expulsão dos manifestantes e do povo Mapuche que reside naquela região, mostrando claramente os interesses reais daquela invasão.
O caso Maldonado e a luta do povo Mapuche em permanecer em seu território são emblemáticos, pois mostram como por muitas vezes é tratado a luta dos oprimidos da América Latina por parte do Estado.
A situação de Maldonado através das mobilizações sociais com várias manifestações pela Argentina e atos em frente a embaixadas argentinas fez com que os veículos argentinos tradicionais da mídia burguesa parassem de tratar o caso como algo qualquer e começassem a relatar o caso levando em conta a sua real gravidade, também chamou atenção de órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas como pode ser lida no link abaixo:
Os órgãos de segurança argentinos, no entanto ainda usam de desculpas para não reconhecer a responsabilidade do Estado nesse caso e tentam desmerecer as críticas que são feitas pelo povo Mapuche e por diversos ativistas e membros de movimentos sociais sobre o papel do Estado no desaparecimento de Santiago.
Nós da Liberdade e Luta nos solidarizamos com a luta do povo Mapuche e dos trabalhadores argentinos, por isso engrossamos o chamado aos jovens e trabalhadores do mundo todo a pedirem o aparecimento imediato de Santiago Maldonado.
* Organização militar nacional que cumpre funções consideradas de polícia em cidades menores da Argentina.