Catador Ricardo Santos é assassinado pela PM em São Paulo

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A Polícia Militar cometeu mais uma de suas atrocidades corriqueiras. No bairro de Pinheiros, área nobre de São Paulo, matou o carroceiro Ricardo Santos com dois tiros a queima-roupa enquanto o mesmo pedia um pedaço de pizza numa pizzaria da região. Os moradores e transeuntes se indignaram e acusavam os policiais de assassinato. Foi realizado um ato em memória a Ricardo e será realizada uma missa hoje (19/7) às 12h na Catedral da Sé. Ricardo, conhecido como “Negão”, mantinha amizade com os trabalhadores da região e, segundo relato de uma amiga do carroceiro, sempre dividia as comidas que ganhava com seus companheiros. Ricardo trabalhava e conseguia 50 reais ao dia a partir de seus trabalhos como catador de materiais recicláveis.

Ouvir pela milésima vez uma história desse porte, nos leva a pensar que Ricardo não é uma exceção e sim a regra. Assim como Amarildo, Cláudia, Leandro e outros mil, Ricardo é uma vítima dos cães de guarda da burguesia e do imperialismo. A Polícia Militar é a mesma que reprime as manifestações e greves dos trabalhadores, é a mesma que, segundo estudo da Anistia Internacional, mata mais que a Guerra na Síria, é a polícia que mata os pobres, os negros e libertam os ricos. A Liberdade e Luta já publicou em outros artigos porque não devemos ter crença alguma na justiça burguesa que mantém livre Aécio Neves e prende Rafael Braga em represália aos protestos de 2013. Por isso devemos empreender lutas diárias, não pela desmilitarização que mantém o caráter político do braço direito do Estado burguês, mas pelo FIM da Polícia Militar.

Não existe capitalismo sem um braço repressivo. A luta contra o capital passa pela luta pelo fim da Polícia Militar e pelo fim do racismo. A única arma da classe trabalhadora para combater a repressão é a organização dos trabalhadores junto à seus companheiros de classe. Para ajudar nessa luta junte-se ao núcleo da Liberdade e Luta da sua cidade ou entre em contato pelo e-mail: souliberdadeeluta@gmail.com

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