DIZEM QUE EM ALGUM LUGAR PARECE QUE NO BRASIL, EXISTE UM HOMEM FELIZ: 90 ANOS SEM MAIAKOVSKI

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Há 90 anos morria “o mais corajoso combatente do verbo”: Maiakovski. O maior poeta da Rússia soviética desenvolveu os mais fortes laços com a Revolução de 1917. Além de poemas, fez teatro, cinema e cartazes (a arte é, para ele, uma arma de agitação, propaganda, combate e, principalmente, era sua perspectiva de vida).

Lenin dizia que, apesar de não admirar seu talento poético, há muito tempo não experimentava um prazer tão grande, se referindo a um poema em que Maiakovski ridicularizava as reuniões e zombava dos comunistas que se reúnem o tempo todo. Quando visitou uma comuna juvenil e descobriu que Maiakovski era o autor mais lido por ali, passou a admirá-lo.

A soma das contradições da Revolução e o seu declínio burocrático fizeram o poeta que era todo coração, em 14 de abril de 1930, tirar sua própria vida (a canoa do amor se quebrou na vida cotidiana).

O futurista que conheceu o marxismo aos 12 anos sonhava em sua obra ser ressuscitado:

“Ressucitem a mim –

Mesmo que seja só porque

[eu esperava isso”

Para Trotsky, sua obra era precursora da literatura que se dará à nova sociedade.

“Onde eu morrer

eu vou morrer cantando.

Que eu caia aqui ou lá, não importa

eu sei –

eu sou digno de ser colocado

próximo aos que tombaram sob a bandeira

[vermelha.”

Como queria o poeta, aqui estará sempre conosco. Maiakovski, presente!

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