É preciso lutar pelo acesso de todos os jovens ao ensino superior!
No último dia 10 de abril o governo federal anunciou o aumento, mais uma vez, da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem. O Ministério da Educação – MEC anunciou que o valor será de R$82, ou seja, um aumento de 20,5% de 2016 para 2017.
No último dia 10 de abril o governo federal anunciou o aumento, mais uma vez, da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem. O Ministério da Educação – MEC anunciou que o valor será de R$82, ou seja, um aumento de 20,5% de 2016 para 2017.
É mais uma forma desse governo de restringir o acesso da juventude à universidade, pois a maior parte absoluta dos jovens que realizam o exame são jovens trabalhadores, mas como sabemos, grande parte da juventude, hoje, sofre com o aumento do desemprego. A taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos em abril de 2016 chegou a 24,1%, segundo o IBGE.
Ainda sobre a taxa de inscrição do Enem, durante coletiva de imprensa, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, justificou o aumento da taxa de inscrição na edição deste ano: “A maioria dos alunos do Enem se beneficia da gratuidade, essa taxa não paga nem um terço do custo do exame”. Então por que fazem o ENEM? Por que não usam o dinheiro para investir em uma educação de qualidade? Não queremos gratuidade para alguns em taxas, onde a maioria absoluta dos estudantes prestam o exame e não consegue uma vaga na universidade, queremos entrar na universidade sem a necessidade do ENEM.
O MEC, ou seja, o governo federal, é responsável pela autorização e supervisão das escolas em todos os níveis e em todo o território nacional, sejam elas escolas públicas ou privadas. Portanto, como pode um estudante passar doze anos estudando, 9 anos ensino fundamental e 3 anos no ensino médio, sob a supervisão do governo, e após isso ser obrigado a prestar um vestibular ou o ENEM para comprovar que ele está apto a entrar na universidade, se já foi aprovado no Ensino Médio? Que sistema de Ensino é esse? Essa é a comprovação de que não há supervisão, não há vontade política de que as escolas, em especial, as públicas que atendem, segundo o Censo 2015, um total de 37.826.565 alunos no Brasil funcionem. É por isso que, quando vemos o resultado do Enem, percebemos que a juventude não consegue responder a prova baseada na grade curricular do ensino médio supervisionada pelo Estado. Imagine agora com a Reforma do Ensino, onde a grade curricular foi totalmente destruída.
Nós, da Liberdade e Luta, relembramos que o Enem por si só é um absurdo, uma contradição, uma forma de limitar o acesso da juventude ao conhecimento e de transferir recursos públicos para a iniciativa privada, através, por exemplo, do ProUni, onde o governo concede bolsas de estudo integrais e parciais nas instituições privadas de ensino superior. Mas por que o governo não investe em novas universidades públicas ao invés de transferir dinheiro público através de bolsas de estudo para instituições privadas?
Entendemos que aumentar o valor da taxa dificulta sim que os jovens prestem o exame. Mas não podemos esquecer que centro do problema não está na taxa de inscrição, o que é necessário combater é o fim de qualquer exame ao final do Ensino Médio. Nossa luta é pela educação pública, gratuita e para todos os estudantes que desejam ir para a universidade.
– Abaixo o Exame Nacional do Ensino Médio!
– Por Universidade para todos!
Junte-se a nós nessa luta, venham pra Liberdade e Luta.