Fora Bolsonaro, Fora Capitalismo!
Este artigo foi publicado originalmente na página de juventude do jornal Foice&Martelo, caso você queira ler todo o conteúdo do jornal, clique aqui para assinar.
No Programa de Transição, escrito em 1938 para ajudar as futuras gerações, Leon Trotsky nos ensinou que:
“Quando se gasta um programa ou uma organização, gasta-se a geração que os carregou sobre seus ombros. A renovação do movimento faz-se pela juventude, livre de toda responsabilidade pelo passado. (…) Por toda sua política ela [a 4ª Internacional, o partido mundial dos trabalhadores] se esforça em inspirar à juventude confiança em suas próprias forças e em seu futuro. Apenas o fresco entusiasmo e o espírito ofensivo da juventude podem assegurar os primeiros sucessos na luta; apenas esses sucessos podem fazer voltar ao caminho da revolução os melhores elementos da velha geração. Sempre foi assim. Continuará sendo assim.”
O mês de maio deste ano foi marcado por grandes manifestações. O 15M e 30M expressou o descontentamento com o governo Bolsonaro e suas mãos de tesoura. Com palavras de ordem como “Fora Bolsonaro” e “Contra os cortes na ciência e educação”, professores, estudantes e população foram às ruas. Estavam contra a destruição do ensino público, contra a Reforma da Previdência e contra todos os ataques. Em contrapartida, as direções estudantis tentam frear a juventude convocando dias (separados) de mobilização sem chamar a greve geral por tempo indeterminado. Já as direções sindicais chamaram um dia de greve apenas, com um mês de distância.
Mas não é só hoje que a classe tem suas direções tentando engessar qualquer tipo de organização estudantil e operária. Podemos citar vários exemplos históricos. Porém não precisamos ir muito longe. Em junho de 2013 a juventude foi às ruas no Brasil, após passar por diversos ataques da burguesia às conquistas dos jovens e trabalhadores, repressão policial e mortes na favela.
As pressões estavam em todos os lados. Tudo começou em São Paulo, quando a polícia reprimiu brutalmente as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Dali em diante, o país passava a vivenciar outro cenário. Nessa época, era o Partido dos Trabalhadores (PT), que estava no governo do Brasil e da cidade de São Paulo.
As Jornadas de Junho foram a demonstração de que mesmo que as direções reformistas e traidoras podem e serão enfrentadas pelos trabalhadores. E que em última instância são as massas que regem os rumos da história. “A juventude é o barômetro sensível da luta de classes”, diria o velho revolucionário alemão Karl Liebknecht.
No dia 14 de junho saímos às ruas. Essa foi a resposta que estudantes e trabalhadores deram aos governos que tentam tomar de assalto a educação pública, a previdência social, o patrimônio público e os direitos de todos.
A Liberdade e Luta se colocou ao lado dos trabalhadores e chamou todos os jovens a participarem dessa luta. Acreditamos que somente uma greve geral com tempo indeterminado é que colocaria e ainda pode colocar abaixo este governo e todos os ataques à população explorada no capitalismo.
A história já provou que o povo nas ruas derruba governos e reverte retiradas de direitos, mesmo quando tentaram amordaçar a todos. Nada deve parecer impossível de mudar, diz o poema de Bertolt Brecht. Organize-se com a Liberdade e Luta. Vamos intervir no grêmio da sua escola, lutar junto com seus pais e professores e vamos todos juntos construir a greve geral por tempo indeterminado. Vamos dizer bem alto Fora Bolsonaro, Fora Capitalismo!
Abaixo os cortes na educação!
Educação pública, gratuita para todos!
Abaixo a Lei da Mordaça!
Abaixo a Reforma da Previdência!
Fora Bolsonaro!