Juventude e trabalhadores contra a Reforma Trabalhista!
Faltando dois dias para o governo Temer e seus aliados no Congresso Nacional implementarem a Reforma Trabalhista, os militantes da Liberdade e Luta foram recebidos cheios de entusiasmo pelos trabalhadores das fábricas vidreiras da região da Água Branca, em São Paulo. Os trabalhadores faziam fila para assinar o abaixo assinado pela Revogação da Reforma Trabalhista, da Lei da Terceirização e da Emenda Constitucional 95, do teto dos gastos nos serviços públicos. Perceptível era a disposição de luta dos trabalhadores que batiam o ponto um pouco atrasados questionando se teria greve geral, se o trem iria parar e demonstrando um completo repúdio às reformas e ao governo Temer.
Ao mesmo tempo, ficou evidente o vergonhoso papel de desmobilização e despolitização das direções. Os trabalhadores mais avançados muitas vezes sabiam por própria conta as alterações na CLT. Mas a maioria não sabia que a reforma instituiu o negociado sobre o legislado, um dos pontos mais graves. Não tendo um sindicato fortalecido e comprometido com os direitos de sua base, os trabalhadores ficam atomizados e enfraquecidos diante do patrão.
Retornamos uma semana depois, para discutir mais uma vez com trabalhadores e jovens que passavam em direção às fábricas ou a universidade UNIP que fica ao final da avenida. Encontramos alguns trabalhadores que nos ouviram na outra semana e a demonstração foi novamente de simpatia pelas lutas em comum.
É claro que o baque de tamanho ataque foi sentido e alguns diziam que a terceirização, por exemplo, já está acontecendo com muitos companheiros e companheiras nos seus locais de trabalho.
Ainda assim, muitos pararam por vários minutos para ouvir e debater sobre suas condições de trabalho, sobre a situação política e sobre a necessidade de se organizar em cada local de estudo e de trabalho para derrotar Temer, as reformas e o Congresso Nacional.
Essas atividades foram muito importantes para demonstrar que entre a base não há conservadorismo, que o refluxo é conversa dos aparatos para desmobilizar e que os trabalhadores têm sim disposição de luta! Vamos continuar nos conectando com a classe operária e enxergar o mundo com os seus olhos. O caminho para isso é fortalecer a aliança operária-estudantil e estar ombro a ombro em cada uma dessas lutas até a vitória!
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