Lutas estudantis no Chile estão ligadas às mobilizações pelo mundo
Na última semana do mês de maio, os estudantes chilenos entraram em cena novamente. Uma série de protestos iniciaram com o intuito de pressionar o Governo de Michelle Bachelet pelo acesso universal e gratuidade do ensino público.
Na última semana do mês de maio, os estudantes chilenos entraram em cena novamente. Uma série de protestos iniciaram no dia 24, com o intuito de pressionar o Governo de Michelle Bachelet pelo acesso universal e gratuidade do ensino público. As mobilizações se alastraram pelas principais cidades do país, como a capital Santiago e a cidade de Valparaíso. O Palácio de La Moneda, sede do governo e do Ministério da Educação, foi ocupado e os estudantes sofreram duras repressões por parte dos carabineros (Polícia). Com gás lacrimogêneo e tanques com jato de água, as forças de repressão reprimiam fortemente as manifestações de rua.
O Chile, diferentemente do que ocorre com Argentina, Venezuela e México, não possibilita cursar uma universidade gratuitamente. Apenas 40% da matrícula escolar é pública. A luta em defesa da educação pública em todos os níveis e ao acesso universal no ensino superior não é uma luta exclusiva no Brasil. Mas a única ‘resposta’ dada pelo governo chileno é a forte repressão aos estudantes, inclusive um jovem estudante está gravemente ferido devido aos jatos d’água. Há pelo menos nove escolas ocupadas em Santiago e faculdades mobilizadas em pelo menos oito universidades em luta pelas reivindicações.
Em 2006, nesse mesmo país, iniciou-se as mobilizações conhecida como a “A Revolta dos Pinguins” encabeçadas pelos secundaristas contra o modelo arquitetado e herdado pelo ditador Augusto Pinochet. Em 2011, uma nova onda de mobilizações foram impulsionadas pelos estudantes universitários contra o aumento de mensalidades nas instituições de ensino superior.
Na atual situação de crise política internacional, evidencia-se cada vez mais as contradições do sistema e uma grande disposição de luta é vista em especial entre a juventude e começa a ganhar força entre trabalhadores, como estamos vendo na França. Forças revolucionárias e contrarrevolucionárias estão atuando não só no Brasil, mas no mundo inteiro e apontam a necessidade de por fim a este regime.