MESA 1 | 2º seminário em defesa da educação pública, gratuita e para todos
Às 15h iniciou a primeira mesa de nosso seminário, intitulada “A experiência e as conquistas da educação soviética”, ministrada pela camarada e professora da rede pública de Joinville, Bruna dos Reis. Os poderosos ensinamentos da revolução bolchevique de outubro de 1917 abriram um horizonte nunca antes realizado pela humanidade. Neste contexto, a educação passou por uma efetiva revolução, como nos explicou a camarada Bruna.
A camarada abriu sua fala com uma pergunta: quais os avanços da educação soviética? Para iniciar a explicação, Bruna foi taxativa, a partir da análise de Lenin, ao dizer que a escola nos marcos do capitalismo não nos serve, pelo controle, a ideologia dominante e todas as divisões de classes que este regime impõe ao processo ensino-aprendizagem. Em seguida, a camarada tratou de três grupos: os defensores da reforma do ensino, os freirianos e os movimentos por uma educação popular, grupos os quais foram explicados por Bruna.
Mas o centro da exposição de Bruna foram os estudos acerca da revolucionária soviética Nedezhda Krupskaya, dirigente do Narkompros, o ministério da educação da revolução, respondendo a inicial questão sobre os avanços trazidos pela revolução com a educação politécnica, sendo pública, gratuita e para todos, na União Soviética. Além disso, Bruna realizou a necessária polêmica: por que alguns teóricos progressistas são difundidos e os teóricos da educação, como Krupskaya, são proibidos? Uma indagação fundamental para refletirmos sobre a educação no capitalismo e o que defendem os marxistas. Esta histórica teórica desenvolveu a educação socialista, conectando a formação intelectual com o trabalho, não como o instrumento de dominação que é na sociedade capitalista, mas como ferramenta para o desenvolvimento humano.
Após a exposição, a mesa abriu para as inscrições dos participantes do seminário. As intervenções foram divididas entre 5 a 7 minutos para cada companheiro.
A primeira intervenção foi da professora Maritania Camargo, de Joinville/SC, falando da importância do estudo sobre a educação soviética, convidando para que todos os presentes conhecerem mais a Esquerda Marxista para se juntarem às nossas fileiras e sobre as conquistas da educação soviética para a libertação da mulher da opressão da família dos moldes burgueses.
A segunda intervenção foi do participante Alexandro Costa, de Guarulhos/SP, agradecendo o convite e concordando com a crítica revolucionária à teoria de Paulo Freire feita pela camarada Bruna dos Reis em seu informe.
A terceira intervenção foi de Aldi de Souza, de Cuiabá/MT, reiterando a importância do partido para a formação de uma educação militante e para comentar sobre Paulo Freire.
A quarta intervenção foi de Fabio Ramirez, de Cuiabá/MT, que comentou a palavra de ordem “Educação Pública, Gratuita e para Todos”, sem o termo “qualidade”, explicando porquê não as utilizamos.
A quinta intervenção foi do educador Sirlei, do estado do Paraná, para falar quanto a situação do EJA em seu estado, que vem sendo privatizado por completo.
A última inscrita foi Lidiane , que contribuiu sobre a educação infantil e sobre sua formação tardia na universidade, devido às dificuldades para o ingresso da classe trabalhadora nas universidades.
Em seguida, tivemos a resposta às questões feita pela camarada Bruna dos Reis. A camarada reiterou os limites de qualquer mudança da Escola no capitalismo, portanto, que devem ser realizadas na luta pelo fim deste sistema e pela construção do socialismo, a única possibilidade de uma escola transformadora. Também aprofundou a explicação sobre a Escola-Trabalho, como ocorreu na União Soviética.