Mesmo sob chuva, jovens se reúnem no vitorioso Acampamento Revolucionário em Joinville-SC!

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O mês de novembro iniciou com chuva em Joinville, mas isso não impediu que os jovens da Liberdade e Luta se reunissem em seu acampamento regional anual para debater e organizar a luta pela revolução socialista.  Com a mesa “Fora Bolsonaro e a luta da juventude pelo mundo”, Felippe Veiga, militante da Esquerda Marxista, e Jonathan Vitorio, membro da Coordenação Nacional da Liberdade e Luta, abriram o encontro na sexta-feira (01/11), em Joinville.

As drogas e o capitalismo

Na manhã de sábado (2/11) aconteceu o informe “As Drogas do Imperialismo”, em que os militantes da Esquerda Marxista Bruna dos Reis e Eduardo Schmitz abordaram o tema sobre o papel que as drogas têm no capitalismo. Eles explicaram que o uso de entorpecentes nesse sistema são uma fuga da dura realidade da classe explorada e que, quanto maior a produção de drogas, maior será o poder da classe dominante de dopar, embriagar, entorpecer a juventude e os trabalhadores, dificultando a organização política para construir uma nova sociedade.

Ao mesmo tempo, Bruna e Eduardo esclareceram a Liberdade e Luta é  totalmente contrária à criminalização dos usuários, pois nas periferias do país as drogas são pretexto para reprimir e usar força contra a juventude da classe trabalhadora. A única saída para o problemas das drogas é a transformação radical da sociedade, a queda do capitalismo e a construção de um mundo onde não haja desejo de fugir da realidade. Nesse processo, a juventude precisa estar o mais lúcida e consciente possível.

Luta em defesa das mulheres

No início da tarde, os participantes do Acampamento Revolucionário debateram sobre a opressão vivida pelas mulheres na sociedade de classes e sobre a necessidade de lutar pelo socialismo para mudar essa realidade. A servidora municipal e militante da Esquerda Marxista Deise Lima e o membro da Coordenação Nacional da Liberdade e Luta Henrique Macedo Airoso foram os responsáveis pelo informe. Nesse debate, foi reforçada a necessidade de fazer uma luta diária em defesa das mulheres, mas conectar essa organização à construção do socialismo. Derrubar o capitalismo, sistema baseado na exploração e na propriedade privada, é o único meio de verdadeiramente libertar e emancipar não só as mulheres, mas toda a humanidade.

 

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Durante o debate, foi aprovada ainda uma moção de repúdio à Polícia Militar e à Guarda Municipal de Florianópolis em apoio a Suelen Meira Pedro, militante do Mulheres pelo Socialismo e da Esquerda Marxista, que foi agredida e levada presa ao tentar defender moradores de rua que estavam apanhando.

Após a discussão sobre a questão das mulheres, os participantes do acampamento participaram de uma divertida oficina de teatro e expressão corporal, organizada pela apoiadora da LL Patrícia Waltrick, que é atriz e bacharel em Artes Cênicas.

Capitalismo sustentável?

O dia de sábado foi encerrado com a mesa sobre “Meio Ambiente: existe capitalismo sustentável?”, com o informe da estudante de biologia e militante da Liberdade e Luta Nathália Kons e do professor de geografia e militante da EM Flávio dos Reis. Eles abordaram a situação climática global e como os trabalhadores e a juventude mundo afora estão cada dia mais revoltados com o que as grandes empresas e os líderes dos países imperialistas estão fazendo com o planeta. Discutiu-se como essas bandeiras estão sendo falsamente cooptadas por empresas que se dizem “ecológicas” e como, no Brasil, o governo Bolsonaro está aprofundando a exploração dos recursos naturais.

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Diante disso, concluiu-se a importância da LL dar enfoque à luta pela palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, além de se solidarizar com a juventude e a classe trabalhadora internacional, pois as mudanças climáticas, o envenenamento da comida e dos pulmões da humanidade não limitam-se às fronteiras criadas pelo sistema. Acima de tudo, destacou-se que, para superar essa barbárie é preciso construir um mundo novo, socialista, com a estatização e planificação da economia sob controle da classe trabalhadora.

Direito à ciência

No domingo, último dia do acampamento, o militante da Esquerda Marxista Tiago de Carvalho conduziu a mesa “Ciência, Universidade e Revolução”, que abordou como o capitalismo limita o desenvolvimento da ciência e como isso se expressa concretamente nos ataques do governo Bolsonaro às universidades, à ciência, às bolsas de pesquisa etc. Nesse processo, a juventude mostra uma grande motivação para a resistência, como nas mobilizações das universidades federais contra os cortes de verbas, mas não encontra uma direção revolucionária que aponte a necessidade de lutar pela derrubada do sistema, raiz de todo o problema. Mayara Colzani, membro da coordenação Nacional da Liberdade e Luta, apontou a necessidade de lutar em defesa da educação pública, gratuita e para todos e de conectar essa palavra de ordem ao combate pela revolução.

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Ao fim dos dias de debate, os jovens que participaram do acampamento regional da Liberdade e Luta saíram animados para construir núcleos em suas escolas e universidades, para conversar com cada vez mais jovens. É possível mudar o mundo e a juventude tem um papel importante na transformação dessa sociedade em um sistema justo e livre de todos os tipos de opressões.

Encaminhamentos do acampamento revolucionário da Liberdade e Luta:

  • Intervenção na sessão do filme Bacurau no Sesc dia 13/11
  • Moção Abaixo a repressão! Em defesa da camarada Suelen!
  • Em defesa da vida da Prof.ª Mara!
  • Abaixo a perseguição política à Vinicius Lopes e Yuri Quiterio!
  • Polícia de Hamilton apresenta acusações falsas contra ativista de Fightback – Parem a perseguição policial!

 

 

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