O que é o nazifascismo e a Campanha em Defesa da Prof.ª Mara
A Liberdade e Luta tem impulsionado a campanha em Defesa da Vida da Prof.ª Mara desde outubro de 2019. Essa campanha se iniciou a partir da denúncia recebida por nossa organização de que um grupo de estudantes, de orientação neonazista, estava ameaçando a vida da educadora. Entre as mensagens de ódio printadas no grupo “Morte à Mara” vimos expressões de apoio claro ao nazismo, tais como “Ela desperta meu Hitler interior”, “Jogá-la na câmara de gás, junto com o surdo” etc.
Seguimos com uma campanha de moções de repúdio contra a decisão da diretoria da Etec de Franco da Rocha e do Centro Paula Souza de permitir aos estudantes neonazistas a continuidade de seus estudos na mesma unidade escolar que a Prof.ª Mara, mantendo péssimas condições psicológicas e de trabalho para a educadora. Dentre as justificativas para não realizar as transferências compulsórias dos estudantes que escreveram “Morte à Mara” existe a compreensão de que suas frases são, na verdade, brincadeira de adolescentes…
Em nossa compreensão, torna-se necessário explicar o que é o nazismo e porque devemos combatê-lo em toda sua expressão. Esse é o objetivo do presente artigo.
Os anos 1920 e grande depressão
A produção, o consumo e o American Way of Life levaram os Estados Unidos a posição de coração do capitalismo. Porém, em 1929, a crise da superprodução e a especulação financeira colapsaram o planeta.
Antes do caos, o avanço dos anos 1920 propiciou aos EUA uma produção de cerca de 42% de todas as mercadorias feitas no mundo, além de tornar-se a maior credora diante aos países europeus, debilitados pela Grande Guerra (1914-1918).
Devido a esse crescimento, a classe dominante incentivou e investiu intensamente o mercado financeiro, fazendo disparar a especulação. Com isso, a construção deste cenário de suposta prosperidade, fomentou a superprodução, resultando na quebra da bolsa de Nova Iorque, da economia norte-americana e de todo o mundo, por ser dependente em grande medida dos ganhos e ações dos Estados Unidos.
Os resultados foram devastadores, especialmente para o proletariado. O PIB nominal dos Estados Unidos despencou para 50%, o desemprego no país saiu de 4% para 27% em questão de dias, as importações caíram 70% e as exportações 50%, além de 90% de queda dos empréstimos internacionais. O salário médio do trabalhador americano sofreu queda de 50% e houve a falência de milhares de indústrias e bancos.
Os efeitos espalharam-se pelo mundo feito pandemia. Economias entraram em recessão e o desemprego devastou a Europa. Estas, portanto, tornaram-se as bases concretas para a radicalização da sociedade. O capitalismo demonstrou-se incapaz de possibilitar condições dignas de vida para a humanidade. Escancarou-se, assim, uma janela para a superação deste modo de produção; janela já entreaberta pela onda revolucionária iniciada em 1917, com a Revolução Bolchevique na Rússia e a tentativa da Revolução Alemã, em 1918.
Na Europa, a crise social já se manifestava nos anos 1910 e 1920. A Grande Guerra aprofundou as mazelas, possibilitando a organização tantos dos revolucionários ao lado dos trabalhadores, quanto, do outro lado, uma saída para as burguesias nacionais europeias.
Deste cenário construído em duas décadas, emergiu, então, o nazifascismo, uma reação capitalista para sua própria crise, com a democracia liberal entrando em ruína em conjunto com a economia de mercado. As burguesias nacionais, em choque com a crise e com medo da organização dos trabalhadores nas fileiras de partidos revolucionários, inspirados pelos bolcheviques, a grande burguesia principalmente, dona do capital financeiro, decide se lançar de maneira agressiva contra a organização dos trabalhadores: diante da ascensão de lideranças como Benito Mussolini, Adolf Hitler, Antonio Salazar e Francisco Franco, dedicam o apoio político e financeiro aos movimentos fascistas.
Mas que é o Fascismo?
Há muita confusão, especialmente nos atuais dias e entre a juventude, sobre como identificar o fascismo e como ele realmente se expressa. Então, aprendamos com a história para termos clareza do que foi esse fenômeno.
Foto: Opera Mundi
Na Itália, berço do “fascismo puro” como conhecemos historicamente, as condições eram as seguintes no pós-guerra (1918): 700 mil mortos; 500 mil feridos; dívidas com bancos dos EUA e da Inglaterra; fome; inflação e desemprego.
Desta instabilidade, surge Benito Mussolini, que em 1919 fundou o “Esquadrão de Combate” para o ataque contra os comunistas. O passo seguinte de Mussolini, em 1921, municiado pelo seu esquadrão da morte, foi dar origem ao Partido Nacional Fascista, prometendo ter a solução para a crise do país: acabar com as greves operárias, assassinar os comunistas e colocar tudo e todos sob o controle do Estado capitalista vestido com a camisa preta fascista para o suposto crescimento econômico e desenvolvimento social do país.
Enquanto evento histórico, o Fascismo italiano como movimento de massas, iniciou-se em 1922 com a Marcha sobre Roma, quando Mussolini e os 50 mil “camisas negras” – como eram chamados os seguidores do Duce – tomam o poder da Itália com um Golpe de Estado. Suas características são marcantes, pois necessitam da formação de um partido paramilitar e com apoio de massas que explicite um Estado autoritário, o anticomunismo, a repressão e a violência sob o lema “Crer, Obedecer e Combater”.
Na Alemanha, embora com o cenário próximo, existiram algumas particularidades. No pós-guerra, o país também se encontrava devastado pela crise econômica, especialmente devido ao Tratado de Versalhes (1919) que obrigava a indenização aos vencedores da Guerra. A instabilidade política da República de Weimar e os pactos traidores de direções operárias com a burguesia local, possibilitaram, assim, a ascensão do nazismo.
O revolucionário russo Leon Trotsky explica que a política desenvolvida pelo Partido Comunista alemão, ao seguir a linha stalinista de Moscou, foi a responsável pela consolidação do partido nazista, especialmente pela não radicalização do partido em defesa da revolução socialista e, nos momentos estratégicos, a recusa da Frente Única com o partido socialdemocrata contra as milícias assassinas de Hitler.
Nas palavras de Trotsky, assim deveria (e deve) ser o combate aos nazifascistas:
“O Partido Comunista deve pedir a defesa das posições materiais e morais que a classe trabalhadora conseguiu conquistar no Estado alemão. Refiro-me diretamente ao destino das organizações políticas dos trabalhadores, sindicatos, jornais, impressas, clubes, bibliotecas etc. Os trabalhadores comunistas devem dizer aos seus camaradas social-democratas: “As políticas de nossos partidos são irreconciliavelmente opostas; mas se os fascistas vierem hoje à noite para destruir as instalações de sua organização, viremos correndo, com as armas na mão, para ajudá-los. Vocês prometem que, se a nossa organização estiver ameaçada, correrão para nos ajudar? Essa é a quintessência da política do período atual. Temos que afinar assim toda a nossa agitação”.
Trotsky também deixa claro que não significa de maneira alguma, uma subordinação aos reformistas socialdemocratas, mas o ato concreto de “marchar separados e golpear juntos” contra o inimigo e fundamentalmente, com a transformação dos locais de trabalho e convivência operária em fortalezas antifascistas, ou seja, de combate direto.
Porém, foi justamente o contrário que os stalinistas alemães realizaram no período. Assim, o ex-combatente da Primeira Guerra, Adolf Hitler, assumiu o poder do Partido Nazista em 1921, poucos anos depois da derrota da Revolução Alemã, possibilitando a consolidação deste grupo genocida, que criou fantasmas de propagandas para culpar a crise econômica do país.
Defendiam que os responsáveis eram os judeus, enquanto povo, que supostamente comandavam os bancos e os Estados pelos seus interesses contra os germânicos. Além disso, defendiam a supremacia ariana para a “purificação” da sociedade alemã contra a “degeneração cultural” e de “inferioridade de raças” dos negros, ciganos, além de homossexuais.
Atacaram tudo e todos, inclusive o liberalismo político e o livre mercado, que de fato causaram a crise. Mas nunca travaram uma luta contra a propriedade privada dos meios de produção, pois os nazistas representavam a reação burguesa para a crise.
E, portanto, Trotsky, mais uma vez, estava certo.
Com o fortalecimento dos nazistas, em 1932, conseguiram eleger 38% dos deputados para o Reichtag, o parlamento alemão. Em 1933, com pressão e violência de sua milícia – desenvolvidas pelos Freikorps, responsáveis por assassinar a revolucionária Rosa Luxemburgo, em 1919 -, nomeiam Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
Posteriormente, com a morte do presidente e militar alemão Paul von Hindenburg, em 1934, e com o poder militar e de propaganda dos nazistas, Hitler assumiu a presidência do país, nomeando-se, desta vez, como Fuhrer – o “líder, chefe, guia”.
Os discursos nazifascistas inflamavam as massas revoltosas, que viviam em meio à crise econômica e das direções operárias, pois traíram inúmeras vezes sua classe ao defenderem a democracia burguesa. O nazifascismo atacava o livre mercado em defesa do protecionismo do Estado capitalista e ao mesmo tempo, atacava, perseguia e matava os internacionalistas, os militantes marxistas.
O nazifascismo se caracteriza pela ação organizada da burguesia para destruir as organizações operárias, moral e fisicamente. Para realizar esse objetivo, se apoiam em todo tipo de ideologia reacionária e anticientífica e incitam militarmente um setor da pequena burguesia, que tenha se desiludido com as direções do proletariado como classe dominante e se volte contra ele enfurecida, e o lumpemproletariado. Centralizam a economia capitalista nas mãos do Estado forte e militarizado, em favor da burguesia imperialista, mesmo com um discurso de unidade nacional contra um inimigo externo, seja ele a burguesia de outro local ou uma etnia.
Aprendizados e a atualidade
Os momentos de crises profundas do capital, demonstram igualmente a crise dos partidos e figuras políticas tradicionais da democracia liberal, incluindo os partidos socialdemocratas, que se curvam aos desejos do mercado e do Estado capitalista.
Os velhos acordos entre as direções traidoras, os representantes da burguesia e a própria classe dominante, são destruídos pelas condições materiais da vida social. Ao passo que a miséria e a desmoralização da democracia liberal vão se agudizando, a burguesia vai forçando os ataques contra os trabalhadores.
Ou seja, com o total descrédito dos políticos e partidos da ordem e quando não existe um partido marxista com influência de massas constituído na sociedade, que dê conta das tarefas dos trabalhadores para a tomada do poder e superação do sistema capitalista, ergue-se, primeiramente, o que Marx denominava como o “governo da espada”, que possui como função fundamental, assegurar a propriedade privada e as relações capitalistas existentes. O fascismo é a última carta da burguesia para tentar conter uma revolução social que exproprie seu poder econômico. Iniciam sua jornada pela barbárie como gangues armadas de bandidos que perseguem a classe trabalhadora, intimidam e assassinam os dirigentes operários, buscando a total destruição das organizações que mobilizam o conjunto do proletariado.
Porém, vimos que apenas essas gangues não deram conta ao longo da história de esmagar por completo os trabalhadores e revolucionários. Por isso, foram necessárias as criações de movimentos fascistas de massas. Isto é, são necessários partidos de massas firmados nas práticas fascistas para que haja, de fato, uma “onda fascista” ou algo semelhante a isso. Algo que atualmente não existe no Brasil, nem no mundo. Exemplos assim vemos somente nos criados na Alemanha, na Itália, na Espanha e em Portugal dos anos 1920, 30 e 40. O que vivemos hoje é uma polarização da luta de classes, onde os extremos tanto a esquerda quanto a direita aparecem com mais destaque frente às massas.
Os partidos da extrema-direita hoje, não possuem apelo de massa considerável para serem responsáveis por uma ascensão do fascismo no mundo. São, portanto, partidos e figuras políticas reacionárias, que podem ter devaneios fascistas, mas não dispõe de um partido de massas paramilitar para realizar seus interesses, e que devem ser combatidas pelos trabalhadores e revolucionários, mas com a devida clareza que o marxismo determina.
Como ponto fundamental sobre o combate ao fascismo, especialmente na atualidade, é que, diferente do que muitas organizações e partidos de esquerda pregam aos quatro cantos, a classe trabalhadora não está derrotada, muito menos entregue aos ataques do capital e seus mantenedores. Portanto, mesmo diante da crise das direções, vemos a cada período, como os trabalhadores se levantam contra as condições de miséria que vivem e, igualmente, contra grupos inspirados no fascismo.
No Brasil, em janeiro de 2020, os números evidenciam a queda de popularidade do governo bonapartista de Bolsonaro, que venceu as eleições por ser a única candidatura que bradava contra o sistema, mesmo que de maneira completamente difusa e mentirosa. A pesquisa da Ipespe para a XP Investimentos apontou que 39% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 28% votaram que este é um governo irregular.
Ainda mais que estes números, a onda que vai varrendo todas as manifestações da classe trabalhadora e da juventude é a palavra de ordem pelo Fora Bolsonaro, demonstrando a real insatisfação popular e a força que nossa classe possui.
O que complementa esta análise é a própria proletarização da pequena burguesia, que vai, na realidade, deixando de existir com o aprofundamento da crise do capital instaurada em 2008. Esses setores se aproximam, portanto, muito mais da luta do proletariado do que da defesa da propriedade privada, pois vem deixando de possui-la. Ou seja, esta classe social que sustentou historicamente os regimes fascistas, estão sendo reduzidos pela própria burguesia, que já não aposta mais na saída nazifascista, pois não atende aos interesses do mercado.
Estes são alguns componentes que reafirmam os combates que os trabalhadores podem realizar contra personagens desprezíveis que surgem da crise capitalista.
Ao contrário de uma “onda conservadora e fascista”, o próprio desenvolvimento capitalista, a força e disposição dos trabalhadores colocam explosões revolucionárias na ordem do dia, em todos os continentes. Não é, portanto, papel dos revolucionários e dos militantes de esquerda, ficarem conjecturando, assustados e alarmados, chamando todo movimento reacionário de fascista, mas ao contrário, compreender a oportunidade histórica que se abre para a construção de um partido revolucionário, formado no marxismo e pronto para dirigir as massas indignadas e insubmissas contra o capital.
Somente assim, com a tomada do poder pela classe trabalhadora e a superação do modo de produção capitalista pela transição socialista, que qualquer reação burguesa, seja liberal, seja fascista, serão destinados à lata de lixo da história e meros objetos de estudo de historiadores e da juventude.
A campanha em Defesa da Vida Prof.ª Mara
Embora identifiquemos que não haja um movimento fascista de massas no Brasil e no mundo, isso não significa que não haja pequenos grupos e seitas que reivindicam do nazifascismo, estimulados pelos discursos de ódio do governo Bolsonaro e que atuem como tal em pequenas proporções, mas que afetam a vida dos trabalhadores.
Demonstração disto foram as práticas do estudantes com inclinação neonazista da Escola Técnica de Franco da Rocha, em São Paulo, quando intimidaram e ameaçaram a vida da professora Mara, em outubro de 2019. Sendo também frutos das condições de vida que tornam o futuro da juventude trágico e sem perspectivas, fazendo jovens como estes, agarrarem-se em ilusões fascistas ao ponto de manifestarem falas pela morte de uma educadora.
Em casos como esse, onde há o reconhecimento aberto de elementos fascistas, a Liberdade e Luta propõe e realiza o combate por todos meios possíveis. Como Trotsky nos explicou, o fascismo deve ser derrotado na raiz e com atuação de uma Frente Única entre todas as forças de esquerda, como historicamente temos no Brasil com o exemplo da Revoada dos Galinhas Verdes, em 1934, um caso concreto de batalha direta contra esses núcleos da extrema-direita.
Por “galinhas verdes” eram conhecidos os milicianos da Ação Integralista Brasileira, fundada em 7 de outubro de 1932 com o Manifesto de Outubro, que sintetizava sua orientação fascista e nacionalista com o lema: Deus, Pátria e Família, de Plínio Salgado, o líder do movimento. Bem como os grupos fascistas europeus, a missão dos integralistas brasileiros era destruir as organizações políticas da classe operária, matando seus quadros e propagandeando contra o comunismo. Buscava apresentar-se aos camponeses, operários e soldados como saída para as mazelas da sociedade.
Para o combate a movimentos como dos galinhas verdes, foi criada a Frente Única Antifascista (FUA), em 25 de junho de 1933. Inspirada pela formulação teórica de Leon Trotsky em seu livro “Revolução e Contrarrevolução na Alemanha”, traduzido por Mario Pedrosa no Brasil, essa organização foi crucial para enterrar os integralistas na década de 30 e impedir que se levantassem, como organização de massas, até os dias atuais.
Os fascistas, para tentar demonstrar sua força à Getúlio Vargas, convocaram uma manifestação para o dia 7 de outubro de 1934, na comemoração de dois anos da fundação da AIB. Porém, com a FUA organizada e disciplinada pelo trotskismo, prontamente mobilizou seus militantes para dissolver a reunião integralista e impor uma necessária lição à força. Assim, na Praça da Sé, em São Paulo, os cerca de oito mil integralistas foram enfrentados pelas organizações operárias durante esta tarde, que foram somados com os trabalhadores que passavam no local, combatendo os galinhas verdes na bala.
Compreendemos assim, que esse exemplo histórico no Brasil, evidencia a precisão da teoria marxista, expostas por Trotsky, para enfrentar os grupos mais reacionários da burguesia. Possuímos os métodos e armas teóricas que não nos amedrontam diante do fascismo e seus derivados, pois nos nutrimos das contribuições do trotskismo, não caindo no discurso de medo da onda conservadora, nem aos ataques de Bolsonaro e seu governo pobre.
Quanto aos citados estudantes, desde o primeiro momento iniciamos uma campanha nacional em defesa da vida da professora e pela punição aos jovens responsáveis. Contamos, na primeira fase da campanha, com 300 moções de apoio, reivindicando uma Comissão de Apuração, mas que, por sua vez, não realizou a transferência compulsória dos criminosos para outra unidade e para o acompanhamento psicológico, devido às suas apologias ao nazismo, além das tratativas pela morte da professora. Esses criminosos ainda estão próximos à professora, mantendo-a em permanente apreensão pela sua segurança.
Este combate precisa ser travado pelos revolucionários e a juventude sob a defesa do Fora Bolsonaro, pois como esse governo bonapartista já demonstrou possuir inspirações fascistas, como no caso do ex-Secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, que realizou uma explícita apologia ao nazismo. Tanto pela utilização do discurso de Joseph Goebbels (Ministro de Propaganda do Nazismo), quanto por toda a estética do vídeo, Alvim apresentou referências diretas ao regime.
Apesar de não encontrar eco entre as massas trabalhadoras, esse governo reforça grupelhos criminosos afeitos ao nazifascismo, possibilitando o surgimento de casos como o da ETEC de Franco da Rocha, manifestações de Integralistas e nazistas – como de alunos de escola privada do Recife, que realizaram saudação nazista em sala de aula e publicaram imagens em redes sociais, no último dia 4 de março -, além de reforçar ideias obscurantistas e anticientíficas, como os projetos já famosos e constantemente derrotados pela juventude da Escola Sem Partido e a Lei da Mordaça.
Assim, a campanha deve continuar e ser cada vez mais fortalecida pela juventude, pois ainda nem o governo caiu, nem os estudantes neonazistas saíram da escola. Precisamos deter os ataques da presidência e seus ministros, junto com sua propaganda e prática autoritárias, com um combate unificado contra as manifestações nazifascistas e pelo Fora Bolsonaro! Por um governo dos trabalhadores, sem patrões nem generais!
Referências e dados estatísticos:
DIAS, Lucy. Quem tem medo de fascistas? Esquerda Marxista, 2018. Disponível em: <https://www.marxismo.org.br/quem-tem-medo-de-fascistas/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
TROTSKY, Leon. Como esmagar o fascismo. Tradução: Aldo Sauda e Mario Pedrosa. São Paulo: Autonomia Literária, 2018, p. 319.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MAZZUCCHELLI, Frederico. A crise em perspectiva: 1929 e 2008. Novos Estudos, n° 82, nov. 2008. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/nec/n82/03.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2020.
ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. Verbetes da Primeira República: Crise de 1929. FGV Repositório Digital. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/CRISE%20DE%201929.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2020.
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João Valadares. Alunos de escola do Recife fazem saudação nazista em sala e postam imagem em rede social. Folha de São Paulo, 2020. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/03/alunos-de-escola-do-recife-fazem-saudacao-nazista-em-sala-e-postam-imagem-em-rede-social.shtml>. Acesso em: 13 nov. 2020.