PIBID fica, Temer sai!

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Os ataques do governo de Michel Temer e do Congresso Nacional à educação continuam e se aprofundam desde o ensino básico ao ensino superior, reduzindo recursos, sucateando escolas e universidades, cortando na carne dos estudantes os investimentos públicos com a clara intenção de restringir o acesso ao ensino às instituições privadas, enquanto precariza a educação pública.

No ensino superior, temos uma evidente demonstração disto. Trata-se do fim do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), projeto reconhecido mundialmente pela sua importância e a oportunidade dada aos graduandos em licenciaturas. O PIBID está com seus dias contados, com encerramento de suas atividades anunciado para o mês de março e sem previsão de retorno.

Em todo país, o programa contempla 70 mil bolsistas que recebem R$ 400 de apoio, assim como os professores da rede pública que são remunerados pela dedicação e empenho no programa. Todos sairão prejudicados com seu encerramento. Esses bolsistas começam, desde o primeiro ano da faculdade, a ter as experiências dentro de sala de aula, além do auxílio ao professor com os planejamentos, métodos e práticas docentes, enriquecendo a formação não apenas do bolsista, como também dos alunos do ensino básico. O programa também incentiva a pesquisa na área da educação e possibilita o desenvolvimento científico, elemento fundamental para o país.

O plano da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), responsável pelo PIBID e vinculada ao MEC, é substituir o programa por uma Residência Pedagógica sem beneficiar os participantes com nenhuma bolsa e sem supervisão direta dos professores, inviabilizando a continuidade de milhares de jovens nas universidades, que já penam com as mensalidades e os custos altos para a permanência no ensino superior. A CAPES e seus diretores vendem a ilusão da universalização do programa de iniciação à docência, discursos que não passam de falácias e demagogias baratas para enganar os estudantes, assim como fazem o MEC e o governo federal com as propagandas – que custam milhões – para promover a contrarreforma do Ensino Médio. Além disso, o fim do PIBID significa um retrocesso mesmo a já limitada Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que o reconhece como um programa de Políticas Públicas, após a Lei 12.796 ter sido incluída e sancionada em 2014.

O governo federal, o congresso nacional e as empresas que lucram com a educação no Brasil e, portanto, controlam-na, têm o seguinte intuito: desqualificar o ensino, aprofundando as atuais e gravíssimas fragilidades, tornando-o mais precário, abrindo as portas para a privatização.

Os bolsistas e professores já demonstraram em tentativas anteriores de ataque ao programa, no governo Dilma em 2016, que a mobilização e resistência podem garantir a permanência e a ampliação do PIBID (leia mais aqui: https://goo.gl/zgUS9D). A Liberdade e Luta apoia e se junta a essa luta, que precisa estar vinculada ao combate aos cortes de verbas e desmonte da educação praticado por Temer, o congresso nacional e demais governos.
Lutamos pela Educação Pública, Gratuita e Para Todos!
Lutamos pela revolução!

*Nathália é militante da Liberdade e Luta em Joinville (SC), estudante de Ciências Biológicas na UNIVILLE e bolsista do PIBID.

 

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