Quem foi Espártaco?
Pouco se sabe sobre a história completa em torno desse nome, no entanto, sua força e o que representa ecoa por milhares de anos até os dias atuais. O que se sabe de sua história é que Espártaco liderou uma poderosa rebelião de escravos, iniciada por volta de 73 a.C. com cerca de 70 gladiadores na antiga cidade de Cápua, que se encontrava no que hoje é atual região da Campânia, no sul da Itália. Esse pequeno contingente consegue fugir da injustiça a que estavam submetidos e amplia-se rapidamente até alcançar, em seu auge, cerca de 140 mil pessoas compondo um verdadeiro exército revolucionário contra a República Romana.
Podemos observar, com grande riqueza de detalhes, a história desse revolucionário do mundo antigo através de Plutarco, que em sua obra, Vidas Paralelas, vai falar sobre Marco Licínio Crasso, o patrício que viria a ser o responsável pela destruição do exército de Espártaco.
Nessa narrativa, contada pelos olhos distantes de um membro da classe dominante, podemos observar algumas das suas façanhas e valiosas lições para aqueles que, mesmo em grande desvantagem, propõem-se a lutar pela liberdade e por uma vida digna.
O contexto da época em que se levanta a rebelião de escravos dirigida por Espártaco e outros líderes revolucionários é período das agitações sociais que marcam a decadência da república romana. A sociedade romana era profundamente marcada pela escravização de pessoas que estavam submetidas a castigos humilhantes. Alguns eram vendidos como gladiadores, como foi o caso de Espártaco, mas sua condição não se tornava nenhum um pouco melhor por isso. Frequentemente os escravos revoltosos eram crucificados, segundo o Direito Romano.
Após a fuga, aqueles que se juntaram ao exército de Espártaco frequentemente eram outros escravos urbanos e do campo de igual condição. Essas pessoas não tinham nada a perder e isso moldava também seu espírito de sacrifício nas batalhas. No entanto, eram pessoas sem treinamento militar e sem experiência de combate. Diante desse cenário, Espártaco adotou um método para treiná-los em pouco tempo.
Nos bosques do Monte Vesúvio, esconderam-se e iniciaram os treinamentos. Os gladiadores ficaram responsáveis pelo treinamento de pequenos grupos que, por sua vez, tornaram-se responsáveis pelo treinamento de outros pequenos grupos e assim por diante. Assim, em pouco tempo, o conhecimento necessário foi disseminado entre os combatentes.
Também no partido há uma relação semelhante, entre os quadros e a base. Os quadros, com experiência na luta de classes, com capacidade de formulação e com conhecimento tático socializam seus conhecimentos com os novos membros que entram no partido tal como são e com as experiências que herdaram do passado. O partido torna-se assim a experiência das gerações passadas concentrada nos quadros que, por sua vez, tratam de entregar as armas de combate e os meios de usá-las para a próxima geração – em nosso caso, a teoria e os métodos.
É nessa fase das batalhas que encontra-se uma das mais famosas passagens dessa história, em que os escravos revoltosos são cercados numa montanha pelas tropas romanas e tem a única saída – uma passagem estreita rodeada por penhascos – bloqueada. Eles encontravam-se cercados por todos os lados. Nessa situação que, com cordas feitas de parreiras silvestres, as tropas de Espártaco descem penhasco abaixo até alcançar o outro lado do vulcão, surpreendendo a retaguarda das tropas romanas, colocando-as em debandada e tomando-lhes os espólios de seu acampamento. Assim, fortaleceram suas próprias fileiras com armas tomadas de seus inimigos.

Esse momento também é um exemplo da coragem – que não significa ausência de medo –, audácia e astúcia dos revolucionários que, em uma situação de grande desvantagem e desespero, conseguiram encontrar os meios para resolver a situação. Também é possível estabelecer um paralelo com o significado da expropriação dos grandes meios de produção. Se um exército consegue se fortalecer ao expropriar as armas de seus algozes, podem imaginar o enorme desenvolvimento das forças produtivas da humanidade que a expropriação dos grandes meios de produção com controle democrático e centralizado pelos trabalhadores poderia causar?
O plano original de Espártaco era cruzar a Itália em direção ao norte e, através dos Alpes, escapar pela Gália (França). Para isso, tinham que avançar contra as tropas romanas e derrotá-las. Nesse aspecto, sua melhor arma era a unidade do exército. Houve, no entanto, uma divisão entre as lideranças desse exército que levou a uma grande derrota com milhares de mortes. A partir daí, o plano foi alterado e o exército de Espártaco retornou em direção ao sul, passando a se encontrar sem condições de sair do que seria atualmente a região da Calábria.
Soava o tempo da resolução desse conflito e Espártaco, mais uma vez demonstrando grande coragem e espírito de luta, transmitiu a seu exército o sentido da batalha: ou ganhamos ou morremos. Era precisamente esse o caso. O exército de Espártaco, e suas consecutivas vitórias abalaram toda a classe dirigente romana. A rebelião dos escravos representa um salto de qualidade na luta de classes do momento. A República Romana se encontrava em um processo acelerado de degradação e as contradições de classe se acentuavam. A necessidade de expansão, a manutenção dos exércitos privados e os privilégios dos patrícios, jogava sobre os trabalhadores livres um peso cada vez maior. As reformas propostas pela classe dirigente, com intuito de acalmar as massas, já não mais resolviam as questões de classe, mas pelo contrário, as acentuavam. Para as trabalhadoras da época, a revolta dos escravos mostrava que era possível lutar por uma nova vida, e era possível vencer. Assim, Roma não poderia aceitar ou tolerar uma vitória de Espártaco. Era preciso destruir da forma mais cruel possível essa faísca de esperança para as classes exploradas e oprimidas.

Para tanto, Roma encarregou Crasso, Pompeu Magno e Varrão Lúculo, de empregar toda a força necessária contra Espártaco Na batalha final os escravos revoltosos empregaram toda sua bravura, mas o resultado final foi a morte de Espártaco em combate entre milhares de outros mortos, capturados, fugidos e a crucificação de 6 mil combatentes de seu exército. Crasso mandou enfileirar os crucificados um depois do outro numa grande extensão entre Cápua e Roma. Aqueles que passavam por essa estrada, muitos anos depois, continuavam a ver os restos dessa macabra mensagem da classe dominante: não ousem lutar pela liberdade.
No entanto, mesmo depois de centenas de anos, o nome de Espártaco ecoa e podemos dizer que jamais será esquecido, sobretudo, no coração daqueles que ainda hoje, mesmo em grande desvantagem, ousam lutar.
Espártaco no cinema

Marcos Licínio Crasso:
“Eu só quero saber uma coisa. Quem entre vocês é Spartacus? Se ele se apresentar, não haverá punição para os outros. Ele será crucificado, mas vocês serão poupados.”
Toda multidão de escravos rebeldes capturados:
“Eu sou Spartacus! Eu sou Spartacus! Eu sou Spartacus”
É com esse diálogo que se fecha um dos arcos mais emocionantes da história do cinema, no filme Spartacus, de 1960, dirigido por Stanley Kubrick e roteirizado pelo comunista norte-americano Dalton Trumbo.
Na cena, o exército de escravos rebeldes liderado por Spartacus é derrotado. Mas não sem antes desferir golpes importantes no Império Romano, derrotando legiões atrás de legiões e aumentando enormemente o contingente de escravos libertos.
O exército de escravos rebeldes, em uma das mais incríveis demonstrações da capacidade de luta dos oprimidos, cai perante o poder de Roma, por conta de uma traição orquestrada por piratas sicilianos. No entanto, ao invés de entregar o líder revolucionário, todos assumem a identidade de Spartacus, interpretado por Kirk Douglas, demonstrando que nele estava personificada uma luta muito maior, uma luta pela liberdade, que transpassa o indivíduo. Nessa cena, foi imortalizada a luta coletiva dos oprimidos que já não aceitam viver da maneira como viviam antes, escravizados, humilhados, explorados até a morte. Todos são Spartacus e Spartacus é o todo. Uma cena grandiosa que é uma boa fonte de inspiração sobre esse glorioso momento da história da humanidade.
Espártaco também foi retratado em inúmeras esculturas, pinturas, gravuras, demonstrando a força inspiradora de sua luta.
Espártaco no Movimento Operário
Marx nutria grande admiração por Espártaco. Em uma carta dele para Engels em Manchester, datada de 27 de fevereiro de 1861, Marx escreve, entre as novidades da luta e os agradecimentos ao seu valioso amigo e colaborador:
“Durante as últimas duas semanas, houve tanta correria confusa para fazer — era preciso muita engenhosidade para evitar uma desintegração completa da casa — que não li jornal algum, nem mesmo o Tribune sobre a crise americana. No entanto, para me distrair à noite, tenho lido “Guerras Civis de Roma”, de Apiano, no original grego. Um livro valiosíssimo. O sujeito vem de origem egípcia. Schlosser diz que ele é “sem alma”, provavelmente porque investiga a base material das ditas guerras civis. Espártaco emerge como o sujeito mais capital de toda a história da antiguidade. Um grande general (nada de Garibaldi), de caráter nobre, um verdadeiro representante do proletariado dos tempos antigos. Pompeu é um verdadeiro merda; adquiriu fama espúria apenas por se apropriar indevidamente, como o ” jovem ” de Sula, etc., das vitórias de Lúculo (sobre Mitrídates), depois de Sertório (Espanha), etc. Como general, foi o romano Odilon Barrot. Assim que foi colocado frente a frente com César e teve que mostrar do que era feito — um mero piolho. César perpetrou os mais estupendos erros militares, deliberadamente insanos, para desacreditar o filisteu que se opunha a ele. Qualquer general romano comum — Crasso, digamos — o teria aniquilado seis vezes durante a batalha no Épiro. Mas tudo podia ser feito com Pompeu. Em Trabalhos de Amor Perdidos, Shakespeare parece ter tido alguma ideia de como Pompeu realmente era.”[1]
Esse verdadeiro representante do proletariado antigo emprestará seu nome para a Liga Espartaquista ou Liga Espártaco (Spartakusbund) na Alemanha no início do século XX. O agrupamento surge a partir dos eventos convulsivos causados pela guerra imperialista e seu impacto no movimento operário.
Com a aprovação dos créditos de guerra, votados no Reichstag, o parlamento alemão, em 04 de agosto de 1914, todos os deputados do SPD (Partido Social-Democrata Alemão) votam a favor. O chamado Grupo Internacional, uma oposição clandestina dentro e fora do SPD é formada em agosto do mesmo ano por Rosa Luxemburgo, Franz Mehring, Karl Liebknecht, Clara Zetkin entre outros. Em nova votação no dia 02 de dezembro de 1914, Liebknecht torna-se o único deputado da social-democracia alemã a votar contra os créditos de guerra.
Em 1915, Rosa Luxemburgo redige um documento chamado “A crise da social-democracia” que ficaria mais conhecido como “Folheto de Junios”, pseudônimo usado para assinar o documento, em que denuncia o SPD como traidor da classe operária.
Em conferência clandestina no dia 01 de janeiro de 1916 em Berlim, o grupo assume o nome de Liga Espartaquista, tomando a força que carrega o nome e o ideal do mais nobre dos filhos da antiguidade, símbolo da revolta dos escravos contra Roma. A Liga Espartaquista passará a atuar no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD) fundado em abril de 1917 depois de uma cisão no SPD entre a ala patriótica e a ala internacionalista, que ficou em minoria naquele momento.

Em 1918, estoura a Revolução Alemã, fruto da derrota da Alemanha na guerra. Operários e soldados iniciam um levante revolucionário que caminha em direção a criação de organismos de duplo poder, conselhos. Nessas condições, a Liga Espartaquista lança seu jornal, “Die Rote Fahne”, A Bandeira Vermelha.
Em 14 de dezembro de 1918, Rosa Luxemburgo publica a carta de princípios da Liga Espartaquista e entre 30 e 31 de dezembro de 1918 e 01 de janeiro de 1919, é realizado um congresso que unifica a Liga Espartaquista, delegados do USPD e de conselhos operários, no Partido Comunista da Alemanha (Kommunistische Partei Deutschlands, KPD).
Poucos dias depois, em 15 de janeiro de 1919, Rosa e Karl são brutalmente assassinados com ordens e financiamento de membros do governo da social-democracia, executados pelas Freikorps, um agrupamento paramilitar de extrema-direita formado por ex-soldados da I Guerra Mundial que se tornará o embrião da Polícia do Estado, a SS, de Hitler.

Em março de 1919 é realizado o I Congresso da Internacional Comunista, de Lenin e Trotsky, e o KPD participa com um delegado e é posteriormente reconhecido como seção alemã da 3ª Internacional. Em seguida, em outubro de 1920, ocorre a fusão da ala internacionalista do USPD com o KPD que tem sua plena integração, a Internacional Comunista.
Como vemos, a Liga Espartaquista que surge em condições muito desfavoráveis – a tradição da social-democracia, que era uma internacional de massas com enorme influência e controle sobre a classe operária, frente a guerra imperialista que, por si mesma, foi um evento devastador para toda a classe trabalhadora.
Nas condições mais difíceis de clandestinidade, perseguição, isolamento, traição, prisões, surge um pequeno agrupamento que ousa lutar. O nome não poderia ser mais adequado. Na carta de princípios redigida por Rosa Luxemburgo, a espinha dorsal é o internacionalismo proletário e a revolução socialista em oposição à traição social-chauvinista e a guerra imperialista.
Os membros da Liga Espartaquista, assim como o próprio Espártaco, tinham certeza sobre seu destino: ou ganhamos ou morremos. O ódio da classe dominante nunca mudara em relação àqueles que ousam lutar.
“Mas a revolução proletária é, ao mesmo tempo, o toque de finados para toda servidão e opressão. É por isso que todos os capitalistas, junkers, pequenos burgueses, oficiais, todos os oportunistas e parasitas da exploração e do domínio de classe se levantam, todos juntos, para travar um combate mortal contra a revolução proletária.”
A Liga Espartaquista também evoca a crucificação dos escravos revoltosos, método usado pela classe dominante romana para enviar uma mensagem a todo povo de que seu poder não deveria ser questionado. A sede de sangue da classe dominante, seu profundo ódio contra os revolucionários e oprimidos foi cravado no manifesto da Liga da seguinte maneira:
“Crucifiquem-no! gritam os capitalistas, tremendo por seus cofres.
Crucifiquem-no! gritam os pequeno-burgueses, os oficiais, os antissemitas, os lacaios da imprensa burguesa, tremendo por seus potes de peixe sob o domínio de classe da burguesia.
Crucifiquem-no! gritam os Scheidemanns, que, como Judas Iscariotes, venderam os trabalhadores à burguesia e tremem por suas moedas de prata.
Crucifiquem-no! repetem como um eco as camadas enganadas, traídas e abusadas da classe trabalhadora e os soldados que não sabem que, ao se enfurecerem contra a Liga Espártaco, se enfurecem contra sua própria carne e sangue.
Em seu ódio e difamação à Liga Espártaco, todos os contrarrevolucionários, todos os inimigos do povo, todos os elementos antissocialistas, ambíguos, obscuros estão unidos. Isso é a prova de que o coração da Revolução bate dentro da Liga Espártaco, que o futuro pertence a ela.”
Como a história nos conta, essas palavras não eram apenas agitação. O assassinato brutal de Rosa e Karl demonstrou plenamente como a classe dominante trata seus inimigos de classe. Espártaco crucificado, Rosa e Karl baleados e Rosa jogada nas águas geladas de um rio.
É também nesse documento que encontra-se a célebre máxima “Socialismo ou Barbárie”[2], colocando em perspectiva a absoluta oposição entre o declínio capitalista e afundamento da civilização a cada crise e guerra engendrada pelo imperialismo ou a libertação da humanidade por meio da revolução social.
“De toda essa confusão sangrenta, desse abismo escancarado, não há ajuda, nem escapatória, nem salvação além do socialismo. Somente a revolução do proletariado mundial pode trazer ordem a esse caos, pode trazer trabalho e pão para todos, pode pôr fim à matança recíproca dos povos, pode restaurar a paz, a liberdade e a verdadeira cultura a esta humanidade martirizada. Abaixo o sistema salarial! Esse é o slogan do momento! Em vez de trabalho assalariado e dominação de classe, deve haver trabalho coletivo. Os meios de produção devem deixar de ser monopólio de uma única classe; devem se tornar propriedade comum de todos. Chega de exploradores e explorados! Produção planejada e distribuição do produto no interesse comum. Abolição não apenas do modo de produção contemporâneo, mera exploração e roubo, mas também do comércio contemporâneo, mera fraude.
No lugar dos patrões e seus escravos assalariados, camaradas trabalhadores livres! Trabalho como tortura de ninguém, porque é dever de todos! Uma vida humana e honrosa para todos que cumprem seu dever social. A fome não é mais a maldição do trabalho, mas o flagelo da ociosidade!
Somente em tal sociedade o ódio e a servidão nacionais são erradicados. Somente quando tal sociedade se tornar realidade a terra não será mais manchada pelo assassinato. Só então se poderá dizer: Esta guerra foi a última.
Nesta hora, o socialismo é a única salvação para a humanidade. As palavras do Manifesto Comunista flamejam como um menetekel[3], flamejante sobre os bastiões em ruínas da sociedade capitalista:
Socialismo ou barbárie!”
Como vemos, o nome Espártaco carrega um importante significado para as novas gerações de comunistas. Na antiguidade, o verdadeiro representante do proletariado, um valioso líder revolucionário na luta contra a opressão e a exploração. Na contemporaneidade, unifica combatentes contra o imperialismo, a guerra e o oportunismo, semeia novamente a luta pelo socialismo como única saída para a paz e a para a verdadeira irmandade dos povos.
Assim como Espártaco e a Liga Espartaquista, os comunistas internacionalistas e os oprimidos de todos os países de nosso tempo têm em comum uma luta extremamente desigual, contra um inimigo colossal. Nessa luta, nossa única arma é a nossa organização, a expressão concentrada de nossas ideias, a teoria, e nossos métodos.
Apresentamos ao conjunto dos jovens e trabalhadores o boletim nacional da Juventude Comunista Internacionalista, Espártaco, que nasce em tempo de guerras e revoluções, em condições igualmente desfavoráveis, para ser um farol que ilumina, agrupa e orienta, com ousadia, audácia, força e esperança, a luta da juventude no Brasil e no mundo.
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[1] Disponível em: https://marxists.architexturez.net/archive/marx/works/1861/letters/61_02_27.htm
[2] É Engels quem elabora de maneira mais extensa essa concepção em Anti-Dühring. Karl Kautsky realizará a síntese dessa concepção na expressão “Socialismo ou Barbárie” e será através de Rosa Luxemburgo que essa palavra de ordem entrará para a história sendo imensamente popularizada.
[3] A referência é à famosa história bíblica (Daniel, v, 25-29) da escrita na parede que diz: “Você foi pesado na balança e achado em falta”. Um menetekel é, portanto, um sinal de desgraça iminente.
