Solidariedade aos estudantes presos nos EUA por defenderem o fim do massacre na Palestina
Os protestos estudantis contra o massacre na Faixa de Gaza estão se alastrando em diversos campi das universidades dos EUA. A opressão aos palestinos e a luta contra o financiamento dos EUA ao massacre promovido pelo Estado sionista de Israel estão politizando toda uma geração de estudantes, que agora ocupa a entrada das universidades, inviabilizando suas atividades.
O movimento está crescendo e se organizando em cerca de 80 universidades, realizando protestos e formas de luta que não foram utilizadas nesta escala desde o movimento contra a Guerra do Vietnã em 1968. Uma delas é a ocupação das universidades, por demandas políticas e de caráter internacional. Este é o caminho a seguir. Os protestos são uma inspiração para estudantes e trabalhadores de todo o mundo. Nossos camaradas que estão intervindo afirmam que o clima nos acampamentos é revolucionário!
A resposta da classe dominante norte-americana é a mesma no mundo todo, reprimindo e caluniando o movimento. Milhares de estudantes, funcionários e professores universitários que se manifestaram a favor da Palestina foram presos. Sabemos que essas repressões representam o medo por parte dos capitalistas e seus governos, de que a classe trabalhadora e a juventude mirem-se nos exemplos de luta e que os protestos se alastrem pelas fronteiras. Mas a juventude não se intimida e sabe que está do lado certo da história. Um movimento de ocupação de universidades está se iniciando também no Canadá.
Assim como nos EUA, que prendem manifestantes por se expressarem contra a guerra, em outros países na Europa estão intimidando militantes e jovens por usarem a palavra de ordem “Intifada até a vitória”, caluniando essa luta histórica como defesa do terrorismo.
A Juventude Comunista Internacionalista se solidariza com os estudantes em luta nos campi nas universidades em apoio a Palestina e exige a imediata liberdade de todos os mais de 2000 manifestantes presos. É inadmissível que nossas liberdades democráticas – manifestação, discussão e organização – sejam censuradas e reprimidas. Ao mesmo tempo, isso demonstra os limites da “democracia burguesa”, em que só há democracia para uma restrita minoria de exploradores e apenas para a defesa de seus interesses.
O massacre na Palestina é expressão da barbárie capitalista. São os capitalistas os agressores. São eles os responsáveis por promovem as guerras e a violência em todo o mundo. Os imperialismos norte-americano e britânico são responsáveis historicamente por esse massacre, desde a criação do Estado de Israel até o atual financiamento, com bilhões de dólares sendo destinados para a máquina de guerra do Estado sionista. Enquanto destinam bilhões para massacrar outros povos, cortam de investimentos em áreas sociais dentro de suas próprias fronteiras. Provocaram a fúria dos jovens e trabalhadores que se manifestaram durante sete meses em atos de massa e que agora dão um salto de qualidade em sua organização, ocupando as universidades e escolas.
No Brasil, o movimento pró-Palestina encontra um freio das direções dos sindicatos e entidades estudantis, que barram as lutas na falsa esperança de um avanço diplomático, assim como defendem a posição do governo Lula, que se manifestou tardiamente contra o massacre e defendeu a solução reacionária de dois Estados.
Agora, uma empresa Israelense (Elbit Systems) foi vencedora do processo de licitação do Exército brasileiro para o fornecimento de 36 tanques blindados com canhões de longo alcance, que disparam munição pesada. A licitação pode chegar perto de R$1 bilhão. Apesar de ter vencido a licitação, a decisão final é do próprio Lula. Exigimos: nenhum centavo para financiar o massacre na Faixa de Gaza! Nem dos EUA, nem do Brasil! Rompimento brasileiro das relações com o Estado sionista de Israel!
É fundamental que os movimentos operários e estudantis se oponham às repressões , conectem as lutas pontuais, como as greves dos servidores da educação federal no Brasil, com a bandeira da solidariedade internacional da classe trabalhadora. É fundamental que levantem a bandeira da libertaçaõ dos mais de mil presos nas manifestações pró-Palestina nos EUA, o fim do massacre na Faixa de Gaza, pelo fim do Estado reacionário de Israel!
No 1º de Maio, a Juventude Comunista Internacionalista manifestou sua solidariedade aos estudantes e manifestantes presos, denunciando a repressão nos EUA e o massacre na Palestina.
A melhor maneira de nos opormos ao massacre desde o Brasil é nos organizarmos contra o imperialismo e contra o sistema capitalista. Lutar por um mundo novo, um mundo comunista, onde a economia seja democraticamente planejada e controlada pelos trabalhadores, para satisfazer as necessidades de todos em harmonia com a natureza. Para isso precisamos construir um partido revolucionário marxista com influência de massas, que organize os estudantes e trabalhadores em todo o mundo. Um primeiro passo nesse sentido, será dado na fundação da Internacional Comunista Revolucionária, durante a Escola Mundial do Comunismo, entre os dias 10 a 15 de junho. Essa é a tarefa da Juventude Comunista Internacionalista, fração jovem da Organização Comunista Internacionalista.
Liberdade para os estudantes presos nos EUA! Abaixo a repressão ao movimento pró-Palestina!
Nenhum centavo para financiar o massacre na Faixa de Gaza! Nem dos EUA, nem do Brasil!
Palestina Livre!
Intifada até a vitória!