Terceiro dia do Acampamento discute a prática da Liberdade e Luta
Depois de acordar ao som de Bella Ciao, executada pela comissão de alvorada, os mais de cem jovens que participavam do Acampamento Revolucionário, organizado pela Liberdade e Luta (LL), se dividiram em três grupos de trabalho, conforme sua experiência militante: Secundarista, Universitário e Movimentos Sociais.
A manhã de sábado (28/1) começou com um rápido informe dos responsáveis por sistematizar a discussão em cada grupo. Logo em seguida, os presentes apresentaram suas experiências, propondo novas ideias para intervirmos este ano em cada escola e universidade das cidades onde possuem núcleos da Liberdade e Luta.
Após a discussão nos grupos, os jovens retornaram ao plenário para apresentar os encaminhamentos. O GT Movimentos Sociais, coordenado por Felipe Araújo, propôs atividades sobre a história do dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher – e as formas de luta das mulheres trabalhadoras contra o machismo. Em maio, haverá atividades sobre o racismo e e mais textos políticos serão escritos sobre o combate a LGBTfobia.
Os universitários recepcionarão os calouros com um manual que explique as dificuldades de cada instituição, as entidades estudantis existentes (DCE’s, CA’s) e a importância do movimento estudantil organizado. Também será organizada uma atividade preparatória das delegações da LL ao Congresso da UNE, explicando a necessidade de recuperar essa entidade para as pautas que colocam a juventude em movimento, como a luta por vagas para todos na universidade pública e gratuita.
O mesmo farão os secundaristas, em relação ao congresso da UBES. Além disso, ajudarão a montar grêmios combativos em cada escola, organizando discussões sobre os ataques que se aproximam, como a Reforma do Ensino e a Lei da Mordaça.
No período da tarde, o debate foi sobre Anarquismo e Socialismo. Daison Colzani e eu abrimos a discussão trazendo informações históricas, teorias e métodos utilizados pelos anarquistas.
Em épocas de colapso do reformismo, quando os partidos e organizações tradicionais da classe trabalhadora estão desacreditados pelas massas, graças as suas políticas de conciliação com a burguesia, a juventude radicalizada se aproxima muito das ideias anárquicas e socialistas. Por isso esse debate é tão importante para definirmos os métodos que a Liberdade e Luta adotará em seu combate contra o capitalismo.
O final da tarde estava livre para aproveitarmos a praia e descansarmos até as sessões de Cinedebate. Os filmes “Eles não usam black tie” e “Güeros” foram exibidos e discutidos por Thaís Aparecida e João Diego, respectivamente.
A programação cultural seguiu com o show “Canção Pra Quê?” de Vinícius Camargo, que emocionou a plateia com sua canção “Céu de Gaza”. A banda Nave Blues encerrou a noite de sábado, animando a todos com suas vibrantes composições.