Todo apoio à greve dos técnico-administrativos da UnB! União estudantil-trabalhadora já!

Na última sexta feira, 02 de junho, os técnicos administrativos da UnB entraram em greve. A greve se dá por conta da suspensão do pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP), aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa decisão afetou os servidores técnico-administrativos ativos e aposentados da UnB. A suspensão desse pagamento representa um roubo de mais de 26% dos salários desses profissionais, que já são a categoria mais defasada do serviço público federal. Esse golpe soma-se aos assédios morais e abusos diversos dentro da universidade.

Para além de trabalharem em condições precárias e ambientes insalubres, sem equipamentos de proteção individual (EPIs). Essa ação traz consequências eminentes, como o risco de despejo de suas moradias, a retirada de seus filhos das creches, insegurança alimentar e a incapacidade de realizar compras básicas. Vale ressaltar que os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) não recebem aumento salarial desde 2016, resultando em uma redução do poder de compra de mais de 50% desde então.

No dia 30 de maio, tivemos uma paralisação dos técnicos administrativos da UnB. Essa paralisação foi o primeiro passo para a greve da categoria que foi aprovada em assembleia realizada na segunda-feira, dia 29. A paralisação contou com uma manifestação em frente ao Ministério da Educação (MEC), que aponta os caminhos a trilharmos para nossa luta. Se juntaram aos técnicos em paralisação discentes, docentes e demais funcionários da universidade. Com uma lista de reivindicações unificada, o movimento fez barulho na pressão ao governo. Entretanto, esse movimento de união precisa avançar. Aplicar nossa linha histórica de aliança trabalhadora-estudantil é vital para avançarmos nesse movimento.

Essa manifestação é muito mais do que um simples protesto contra um corte salarial. Ela nos mostra o profundo descontentamento com as condições dos serviços públicos, como a educação, e as péssimas condições do trabalho público que enfrentam os trabalhadores no Brasil. E que os governos conciliadores, longe de tentarem resolver, só aprofundam esse desgaste com o objetivo claro de sucatear o serviço público para a entrada da iniciativa privada. Vide o avanço da privatização e terceirização de camadas cada vez maiores da universidade pública. A participação dos estudantes neste ato é a prova do sentimento de ódio ao sistema atual, essa juventude quer que se cumpram as promessas que foram feitas pelo governo atual. As pautas que os estudantes levantaram foram a posição contrária à definição de possibilidade de cursar até 40% do curso em formato EAD, e a reivindicação de revogação do novo ensino médio.

Nós da Liberdade e Luta, damos todo o apoio à greve dos técnicos administrativos da UnB, e reforçamos a necessidade de expandir esse movimento para toda a comunidade acadêmica. Precisamos realizar assembleias para mobilizar os estudantes para se somarem nessa luta, tendo em mente os limites desse sistema atual para garantir a permanência dos direitos trabalhistas e os serviços públicos que queremos. Nossa luta deve ter como horizonte todo o dinheiro necessário para a educação, garantia de direitos para todos os trabalhadores da universidade, fim das privatizações e por uma educação pública, gratuita e para todos!    

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