Violência contra mulher: um mal a ser combatido na sociedade
Camila Daiane Naves, uma jovem de 17 anos lembrada pelos amigos como uma pessoa gentil e sorridente, teve sua vida interrompida pelo ex-namorado, um rapaz de 20 anos. O crime aconteceu no dia 06 de junho, em Itatiba-SP e chocou todos os habitantes da cidade.
O suspeito, que estava foragido, se entregou para polícia no dia 8. Em seu depoimento, o jovem disse que havia cometido o crime porque não se conformou com o fim do namoro. No laudo do IML, a causa da morte se confirma como estrangulamento e traumatismo craniano. A família do rapaz disse que ele teria ficado seis dias, antes de cometer o crime, trancado no quarto. Declaram que andava estranho nos últimos dias. Na página do Facebook do jovem, há alguns posts ofensivos às mulheres.
Camila Daiane Naves, uma jovem de 17 anos lembrada pelos amigos como uma pessoa gentil e sorridente, teve sua vida interrompida pelo ex-namorado, um rapaz de 20 anos. O crime aconteceu no dia 06 de junho, em Itatiba-SP e chocou todos os habitantes da cidade.
O suspeito, que estava foragido, se entregou para polícia no dia 8. Em seu depoimento, o jovem disse que havia cometido o crime porque não se conformou com o fim do namoro. No laudo do IML, a causa da morte se confirma como estrangulamento e traumatismo craniano. A família do rapaz disse que ele teria ficado seis dias, antes de cometer o crime, trancado no quarto. Declaram que andava estranho nos últimos dias. Na página do Facebook do jovem, há alguns posts ofensivos às mulheres.
O caso de Camila foi mais um número na extensa lista do Brasil de violência contra a mulher seguida de morte. Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tornou público que 35% dos casos de mortes femininas são causadas pelo próprio parceiro da vítima. No Mapa de Violência de 2015, cujo título é “Homicídio de mulheres no Brasil”, é possível observar que a violência doméstica e familiar é a principal causa de mortes das mulheres. Esse crime mata hoje mais do que o câncer, acidentes com carros, guerras e malária.
São diversos os casos de agressões e assassinatos de mulheres, em que o agressor é visto como vítima do “amor” que sente pela mulher. Sendo assim, a mulher passa a ser considerada uma propriedade do homem, que vem a ser descartada quando a mesma perde a “utilidade”.
Mas por que o homem bate? Por que o homem mata? A mulher, na sociedade patriarcal, é tratada, historicamente, como inferior, nascida para servir as necessidades do homem. A divisão na sociedade entre homem e mulher, desenvolvida a partir da divisão de classes, levou a uma condição de submissão da mulher pelo homem. Assim, ela se tornou uma “propriedade” cuidadora do lar. Desse modo, o problema da violência contra a mulher não foi superado, desencadeando essa dominação doentia do homem sobre a mulher, em que procura mostrar sua superioridade.
Lutamos, sim, pela punição de todos os criminosos, sejam eles assassinos ou estupradores. Mas, para além disso, precisamos compreender a luta e termos como tarefa a transformação radical da sociedade. A violência contra mulher é também um elemento de degeneração que o sistema capitalista produz. Acabar, definitivamente, com a violência machista está intimamente ligado com nossa batalha para extinguir a violência social produzida pelo próprio sistema capitalista.
Não vamos temer! Não podemos acabar como Camilas, Marias, Taynas! Mulher: seu nome é luta!