Frente única e democracia para derrotar aumentos de Alckmin e Doria
Geraldo Alckmin e João Doria passaram a perna na população. Usaram do típico falatório político para conseguir votos. O agora prefeito, apoiado pelo governador, prometeu na campanha não aumentar a tarifa. Ao assumir a Prefeitura, abraçou seu colega para dizer que manteria o valor unitário da passagem em R$ 3,80. Porém, juntos aumentaram as modalidades de integração e de temporalidade, seguidos de aumentos nos municípios ao redor.
Esses senhores estão intimamente aliados às empresas de transporte. Falam em atendimento à população e em qualidade do serviço. Fazem isso para não dar na cara o esquema do lucro retirado dos bolsos dos trabalhadores para depositá-lo nas contas bancárias desses capitalistas. Esse toma lá dá cá se volta para o prefeito e o governador em financiamento de campanhas eleitorais e em apoio recebidos para projetos de interesse de seus amigos. Também entram nesse acordão vereadores e deputados.
Vemos notícias sobre decisões da Justiça que anulam o aumento anunciado. Mas não tenhamos ilusões no Judiciário. Os tribunais são feitos para preservar o cumprimento das leis. E essas são feitas e aprovadas por gente como Alckmin, Doria, os deputados e os vereadores. Está tudo entre amigos. A briga entre alguns juízes, de um lado, e de outro os políticos no poder hoje acabará assim que os governos apresentarem dados manipulados que justifiquem o aumento.
Nós da Liberdade e Luta participaremos do ato convocado pelo Movimento Passe-Livre (MPL) nesta quinta-feira (12/1)entendendo que uma derrota desse aumento virá da mobilização dos trabalhadores e da juventude. Lembramos das manifestações de junho de 2013, que derrubaram os 20 centavos, e também abriram um novo momento político no Brasil.
Mas acreditamos que essa mobilização precisa ser organizada em uma democrática frente única. Essa articulação necessita envolver os movimentos e organizações sociais que queiram derrubar essa manobra de Alckmin e Doria. As assembleias devem permitir a expressão da pluralidade de concepções que as constroem, e as votações precisam ser democráticas, como resultado de um livre debate.
Nesse sentido, também explicamos que consideramos um erro político do MPL colocar como exigência o subsídio do serviço de transporte pelo Estado. Isso mantém o mesmo nas mãos de capitalistas, e transfere de maneira indireta o dinheiro do trabalhador e do jovem para o bolso do empresário. Defendemos a Tarifa Zero e o Passe-Livre Estudantil pleno, mas como serviços geridos por empresas 100% públicas.
Se você gostou de nossas ideias, convidamos para as defender com a gente, conhecer a Liberdade e Luta e participar do Acampamento Revolucionário, de 26 a 29 de janeiro, na cidade de Florianópolis. Confira os detalhes e entre em contato para saber como colar com a gente.