Marielle Presente: atividades no RJ, SP e RS marcam os 60 dias desde a execução
No dia 14 de maio completaram-se 60 dias da execução da vereadora do PSOL Marielle Franco e Anderson Gomes no RJ. A Liberdade e Luta (LL) realizou atividades na Universidade Veiga de Almeida (RJ), na Universidade Federal de Santa Maria (RS) e na PUC (SP).
Na PUC-SP, o ato foi simbólico. Velas foram colocadas ao redor da famosa cruz no pátio do prédio velho. Sentamo-nos em roda e conversamos com os estudantes que comparecem sobre a situação política e como a execução de Marielle está conectada com ela. Um exemplo são as tentativas de agressão, com métodos fascistas inclusive, à caravana de Lula em Santa Maria em março deste ano e também ao acampamento em Curitiba depois da prisão. ‘‘Se, podem assassinar uma pessoa que estava defendendo os mais pobres da repressão sem que os culpados sejam encontrados, podem também atirar contra militantes de esquerda e etc.’’ Essas questões estão completamente conectadas.
Além disso, discutimos o status da investigação atualizada, onde nenhuma prova concreta foi encontrada. E as investigações estão indo em direção a encontrar um culpado nas milícias, levantando nomes sem provas apenas para que algumas respostas sejam dadas.
Uma boa discussão foi realizada sobre a situação política com os membros do núcleo na PUC-SP, apontamos as resoluções tiradas no acampamento revolucionário do início do ano. Trazendo a problemática da situação política para o contexto da nossa universidade, problematizamos a atuação dos centros acadêmicos, que aparecem combativos nas redes sociais, no entanto, na vida prática dos estudantes, no dia a dia, não organizam o debate e a luta desde a base.
Na Veiga de Almeida, foi realizada uma panfletagem antes da atividade para divulgar a campanha ‘Marielle Presente, Investigação Independente’. A atividade aconteceu no campus da universidade e, além disso, foi feito um ‘colaço’ de cartazes da campanha. Um ponto interessante é que o Centro Acadêmico de Relações Internacionais apoiou nossa iniciativa e se colocou a disposição para impulsionar essa luta ombro a ombro conosco.
Os estudantes decidiram fazer uma nova reunião na próxima semana para discutir como foi atividade, o que fazer para melhorar a impulsão da campanha na universidade e também para conhecer e integrar o núcleo da Liberdade e Luta – RJ, aumentando nossas forças nesse estado que é tão importante para o Brasil e para a luta da juventude e da classe trabalhadora.
Na Federal de Santa Maria, reunimos militantes do PSOL e do PSTU junto com os militantes e contatos da Liberdade e Luta. Ali, a discussão esclareceu que mesmo Marielle sendo mulher negra, lésbica e cria da Maré, o motivo que levou a sua execução foi sua militância contra a violência policial e não sua escolha sexual, sua cor, e onde e como nasceu. Ainda foi reforçado que a campanha deve continuar.
Todas as discussões apontam para a justeza da campanha internacional que a Liberdade e Luta aderiu e continua impulsionando. Exigimos justiça para Marielle, por uma investigação independente, o fim da intervenção federal militar no RJ, Fora Temer e o Congresso Nacional.