Não há época melhor do que a nossa para ser comunista!
Enquanto vivenciamos, individualmente, um dos maiores dramas do início da vida adulta: a ampla necessidade de conciliar estudo e trabalho, sob condições de uma escola deteriorada com os conteúdos sabotados pelo Novo Ensino Médio e da reserva aos piores empregos com a ultrajante escala 6×1, a corrida por uma vaga na universidade pública ou por uma bolsa de estudos, após momentos de pura tensão nos vestibulares, dentre inúmeras outras barreiras na formação e melhorias na vida do jovem estudante e trabalhador. Estas são expressões das adversidades que a nossa geração enfrenta coletivamente devido à crise e decadência do sistema capitalista.
No palco da vida e dos dramas coletivos, a antagonista por excelência é a guerra, a destruição em massa das condições de vida e da própria vida da classe trabalhadora. Entre as mais de 30 guerras localizadas promovidas pelo capital, o massacre que se desenvolve na Palestina é, sem dúvida, o protagonista e já dura mais de 120 dias de puro horror. Lá o assassinato em massa de civis, sobretudo crianças, os danos físicos e mentais, o deslocamento forçado, bloqueio de ajuda humanitária e alimentos, as mortes por inanição forçada, bem como a destruição dos serviços médicos e a prevenção de nascimentos de palestinos configuram o verdadeiro genocídio perpetrado pelas forças sionistas de Israel.
Porque existem guerras? – Pergunta-se um leitor atento. E a resposta é simples, porém dura: enquanto houver sociedade dividida em classes e seu atual modo de produção, baseado na propriedade privada dos grandes meios de produção, e os Estados Nacionais, a guerra é inevitável. Ela faz parte das engrenagens de funcionamento do sistema capitalista. Das crises de superprodução — isto é, da produção orientada para o lucro, sem planejamento e muito superior ao que as massas são capazes de consumir com seus baixos salários, cujo objetivo é reduzir o custo e aumentar os lucros – resulta um excedente de produção que não é realizado, não é vendido. Para realizar seus lucros, o capital precisa encontrar novos mercados, aumentar a exploração dos mercados existentes e/ou destruir forças produtivas.
O fato é que o mundo capitalista não está mais crescendo. Ele se encontra repartido entre os principais países imperialistas. Uma nova divisão dos mercados existentes não é possível por outro meio senão através das guerras, isto é, que um imperialista tome o espaço que pertence a outro, por meio da força. Daí o caráter inevitável das guerras imperialistas, que podem ser, no máximo, adiadas por um tempo, mas é impossível evitar que eclodam. Portanto, as guerras têm razões políticas e econômicas para existirem, seja o domínio de novos mercados ou o domínio de matérias-primas, dentre outras razões, a raiz do problema está no modo de produção capitalista.
A indústria da guerra cria mercadorias que são vendidas com o único objetivo de serem destruídas, ao passo que o produto dessa indústria também destrói máquinas, instalações, casas, hospitais, fábricas, universidades, cidades inteiras, que terão que ser reconstruídos quando a guerra acabar, o que é muito lucrativo para alguns ramos industriais. Por fim, mas não menos importante, a guerra oprime os trabalhadores que morrem no front ou são vítimas da destruição, portanto, destrói a principal força produtiva e criadora: a força de trabalho humana.
Como lutar contra as guerras do capital? – Pergunta-se um outro leitor, farto desse enredo mortífero. Essa questão é muito bem-vinda, porque ela deve levar imediatamente ao campo da ação. Antes, precisamos distinguir uma coisa. Há guerras e guerras. A guerra imperialista, cujo objetivo é manter a dominação da classe dominante sobre os oprimidos, não é a nossa guerra. Nós não apoiamos essa guerra que significa opor trabalhadores de diferentes nações uns contra os outros, enquanto os abutres da grandeza continuam muito bem, obrigada!
Mas existe um outro tipo de guerra, a guerra de libertação, a guerra civil, cujo objetivo é a emancipação dos oprimidos contra seus opressores — essa é a nossa guerra!
A consigna usada por Israel, por exemplo, de que eles praticam uma guerra defensiva é completamente falsa e hipócrita. A burguesia e seus representantes são responsáveis pela violência. Nós consideramos que o terrorismo não é um método de luta operário. Ao mesmo tempo, temos total clareza de que o apoio de parte do povo palestino ao Hamas é consequência da brutalidade sionista durante décadas.
Nós nos opomos às guerras imperialistas de diferentes formas. Nós escrevemos e fizemos propaganda contra a guerra, buscamos apresentar ao movimento estudantil e sindical resoluções contra a guerra, entre as diferentes organizações. Nós estudamos o passado, utilizamos a história como guia para entender a situação atual e espalhamos esse conhecimento a outros jovens e trabalhadores. Apoiamos, participamos e mobilizamos manifestações, debates e demonstrações públicas e todo tipo de iniciativa que aumente a consciência das massas sobre a guerra imperialista, a luta para impor o seu fim e a sua transformação em uma guerra civil, isto é, uma guerra de libertação dos oprimidos contra seus opressores. Nós inspiramos a confiança das massas em suas próprias forças.
Foi exatamente esse o espírito da Primeira Intifada, uma revolta popular e massiva dos palestinos contra a ocupação israelense. Intifada significa literalmente sacudir, e foi assim que jovens, homens e mulheres palestinos sacudiram o Estado sionista de Israel, construindo comitês populares para organizar a resistência armada, bem como a organização dos alimentos, cuidados médicos, protestos, greves gerais e autodefesa. Foi um movimento massivo com métodos clássicos do movimento operário, que nada têm a ver com o terrorismo. Eles organizaram a desobediência civil, não a paz civil. A Intifada mostrou que eram as próprias massas palestinas que deveriam estar na vanguarda de sua luta. Ao tomar seus destinos em suas próprias mãos e organizar a vida diária segundo suas próprias necessidades, eles ensinaram uma poderosa lição às gerações futuras: para enfrentar a guerra imperialista é preciso enfrentar o sistema de opressão e opor-se a partir de métodos operários. A burguesia não pode tolerar tal exemplo e é por isso que está perseguindo e prendendo manifestantes que ousam relembrar à classe a sua história, utilizando o slogan “Intifada até a vitória”, mesmo nos países “mais democráticos” como na Inglaterra. Pura hipocrisia.
Outro aspecto da luta contra as guerras imperialistas é denunciar, cada um em seu país, o seu próprio inimigo – as burguesias e seus representantes. Por exemplo, nossos camaradas ingleses estão denunciando o papel do imperialismo britânico na formação do Estado sionista de Israel, assim também estão fazendo os camaradas dos EUA em relação ao apoio financeiro milionário que Biden segue enviando para financiar o massacre em Gaza.
Aqui no Brasil, denunciamos a hipocrisia do governo Lula que posta em suas redes sociais que está plantando uma árvore na embaixada palestina no Brasil: “plantando esperança para o mundo”, mas não dará autorização de residência humanitária aos palestinos no Brasil. Recentemente, Lula fez uma declaração contra o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino, com um sentido geral muito justo, buscando se comunicar com o sentimento geral das massas que rechaçam o que está acontecendo. Porém, o governo brasileiro ainda não tomou nenhuma atitude concreta, tal como romper totalmente as relações com Israel e conceder autorização de residência humanitária aos palestinos.
Nós compreendemos que lutar contra as guerras imperialistas é lutar contra o próprio capitalismo, responsável direto pela violência e pelas guerras. E dizemos abertamente: sob o capitalismo não existe nenhum tipo de solução sensata. Uma paz justa, democrática e duradoura não pode ser alcançada sob as bases desse sistema. O programa de paz capitalista é imposto através das armas. O programa proletário para a paz é o socialismo. Uma verdadeira luta por uma paz justa, democrática e duradoura é a luta para expropriar o capital, planificar a economia sob o controle democrático dos trabalhadores, é a luta pelo socialismo internacional.
Os socialistas sempre condenaram as guerras entre os povos como coisa bárbara e brutal. Mas a nossa atitude em relação à guerra é fundamentalmente diferente da dos pacifistas (partidários e pregadores da paz) burgueses e dos anarquistas. Distinguimo-nos dos primeiros pelo fato de compreendermos a ligação inevitável das guerras com a luta de classes no interior do país, de compreendermos a impossibilidade de suprimir as guerras sem a supressão das classes e a edificação do socialismo, e também pelo fato de reconhecermos inteiramente o caráter legítimo, progressista e necessário das guerras civis, isto é, das guerras da classe oprimida contra a classe opressora, dos escravos contra os escravistas, dos camponeses servos contra os senhores feudais, dos operários assalariados contra a burguesia. Nós, marxistas, distinguimo-nos tanto dos pacifistas como dos anarquistas pelo fato de reconhecermos a necessidade de estudar historicamente (do ponto de vista do materialismo dialético de Marx) cada guerra em particular. Na história houve repetidamente guerras que, apesar de todos os horrores, atrocidades, calamidades e sofrimentos inevitavelmente ligados a qualquer guerra, foram progressistas, isto é, foram úteis ao desenvolvimento da humanidade, ajudando a destruir instituições particularmente nocivas e reacionárias (por exemplo a autocracia ou a servidão), os despotismos mais bárbaros da Europa (o turco e o russo). Por isso é necessário analisar as particularidades históricas da guerra atual.
Lenin, O socialismo e a guerra, 1915.
A consigna de cessar-fogo é um instrumento de luta? – Pergunta-se uma leitora ativa nas manifestações pela Palestina Livre. E nós respondemos que sim! Exigir o imediato cessar-fogo e o fim da guerra sem qualquer anexação ou indenização faz parte do programa de paz dos comunistas. Com essas consignas demonstramos o caráter de rapina da guerra imperialista e opomos às aquisições violentas de território. É sob a base dessa consigna que milhões de pessoas estão se mobilizando em manifestações de massa em defesa da Palestina e isso não pode ser ignorado.
Ao mesmo tempo, desfazemos qualquer ilusão de que a exigência de cessar-fogo por si só seja suficiente. Jamais será. Essa consigna isolada faz parte do programa pacifista, do qual os comunistas não partilham.
Como temos acompanhado, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi acionada pela África do Sul, que denunciou Israel por crime de genocídio contra o povo palestino. Enquanto a CIJ se reuniu não houve nenhum tipo de cessar-fogo, os bombardeios continuaram a cair sob o céu de Gaza. Ao final, a corte decidiu não pelo cessar-fogo imediato, como exigiam alguns setores, mas por medidas para “evitar que as ações de Israel possam ser caracterizadas como genocídio”. Em outras palavras, a CIJ apenas protegeu a brutalidade de Israel. Por sua vez, Natanyahu, o primeiro-ministro de Israel disse que “continuará esta guerra até a vitória absoluta”, isto é, vai seguir o massacre dos palestinos até ocupar todo o território da Palestina histórica.
Esse “julgamento” serviu apenas para demonstrar o quanto as instituições capitalistas são podres até os ossos e que não é aí que devemos confiar nossas forças e perspectivas. Ao contrário, devemos inspirar a confiança em jovens e trabalhadores em suas próprias forças, em seu aprendizado ativo, teórico e prático, na luta contra todos os opressores, nacionais e estrangeiros.
Durante esses mais de 120 dias de massacre, houve um único cessar-fogo de cerca de sete dias. É completamente fraudulenta a ideia de que durante os dias da suposta trégua, as bombas pararam de cair sobre Gaza. As forças sionistas continuaram com ações militares bem como ações de bloqueio da ajuda humanitária durante o cessar-fogo, o que também foi respondido pelo Hamas. Após a “trégua” o massacre continuou e há inúmeros relatos de ataques com requintes de crueldade. Assim, fica evidente os limites do cessar-fogo temporário. Este é um exemplo prático do tipo de “paz” que pode ser oferecida pelo capitalismo.
Quais soluções apresentar aos palestinos? – Pergunta-se uma de nossas leitoras preocupada com as perspectivas. Como comunistas, compreendemos a necessidade de defender os interesses históricos e imediatos dos trabalhadores, em todo o mundo. Pelo nosso tamanho, no Brasil e no mundo, não somos ainda capazes de convocar greves gerais e manifestações que possam impor imediatamente o fim do massacre. Nesse sentido, nossa tarefa consiste em agitar permanentemente as massas palestinas e do restante do mundo, na luta contra seus opressores e contra o sistema capitalista. O meio para isso consiste em sintetizar as palavras de ordem transitórias, por meio das quais as massas possam se colocar em movimento e se chocar contra o capitalismo. Foi isso que fez Lênin durante toda a Revolução Russa, partindo da consigna “Paz, Pão e Terra”, seguindo para “Abaixo os ministros capitalistas” do governo provisório e finalmente “Todo poder aos sovietes”. Trotsky sistematizou essas lições no Programa de Transição, que continua plenamente aplicável em nossa época.
Sendo assim, combinamos as palavras de ordem de “Estado único, democrático e laico”, o que significa um único Estado em todo o território da Palestina histórica, do rio ao mar; que, independente da etnia ou religião, cada cidadão tenha os mesmos direitos e que a religião esteja separada do Estado, configurando uma prática individual de cada cidadão.
Ao lutar por tal reivindicação, inevitavelmente as massas palestinas vão se chocar com a necessidade de pôr abaixo o Estado sionista de Israel, a traidora Autoridade Palestina e o sistema capitalista, que organiza a violência contra eles. Encontrarão apoio entre os trabalhadores judeus fartos do Estado de Israel e na classe trabalhadora mundial. E logo perceberão que essas reivindicações não podem se dar sob bases capitalistas, que para completar seu programa democrático é necessário uma verdadeira revolução dos oprimidos, contra seus opressores, isto é, uma revolução socialista.
Dessa maneira, dialogamos com o atual sentimento das massas palestinas, mas explicamos as perspectivas e consequências da luta, inspirando nesses trabalhadores a confiança em suas próprias forças e em sua própria organização. A história já mostrou que uma revolução é impossível até que se torne inevitável. A Primeira Intifada demonstrou os primeiros passos a serem seguidos.
Como pode, então, ser a nossa época a melhor para ser comunista? – Pergunta-se uma leitora desconfiada. Precisamente pelo acirramento da crise capitalista, que polariza a luta de classes e permite que camadas inteiras tenham que se posicionar abertamente sobre o que estamos vivendo, respondemos. As contradições do sistema estão escancaradas, basta observar.
Há tecnologia suficiente para prevenir toda sorte de alagamentos, enchentes, deslizamentos, incêndios, provocados por mudanças climáticas, mas milhares de pessoas continuam morrendo devido a “catástrofes naturais”. Há técnica, máquinas, insumos e pessoas dispostas a trabalhar, mas aumenta o uso da tecnologia que gera mais desemprego. Há uma produção de alimentos mais que suficiente para todos, mas há milhões de famintos e desperdício. Há capital suficiente para investir em casas, escolas, hospitais e universidades, mas a prioridade dos diferentes governos continua sendo o pagamento de uma dívida fraudulenta que não fizemos.
Estamos descobrindo mais sobre os limites do universo observável, mas a cada ano nosso direito de ir e vir é tolhido pelo aumento das passagens dos transportes. Estamos desenvolvendo robôs que serão capazes de nos substituir em todo o trabalho mesquinho e repetitivo, como o trabalho doméstico, mas ainda assim mulheres são assassinadas de maneira brutal apenas por serem mulheres, como aconteceu com Miss Jujuba em Presidente Figueiredo (AM) e Ana Caroline em Maranhãozinho (MA).
Estamos vivenciando a era da Inteligência Artificial, do ChatGPT, a promessa de automação de diferentes processos de trabalho e da vida, enquanto isso milhões de trabalhadores estão sob o regime da escala 6×1, sem qualquer possibilidade de organizar uma vida além do trabalho.
Diante desse quadro de contradições, fica evidente a falência do modo de produção capitalista e a necessidade de superá-lo. Em nossa época, apesar de nossa inexperiência individual e da imaturidade do proletariado internacional, contamos com as lições do passado e com as contradições da situação objetiva. Os comunistas que nos precederam deixaram um enorme tesouro disponível para nós em sua vida e obra. Nossa tarefa é tomar pelas mãos o seu legado. Assim como eles, nós mantemos firmes nossa confiança no potencial revolucionário da classe operária, no programa socialista e em nós mesmos. Aí está nosso otimismo frente a situação.
Por onde começar? – Finalmente nos pergunta o leitor que quer passar à ação. Temos muitos exemplos, mas neste ano destacamos um em particular.
Em 21 de janeiro de 1924, cem anos atrás, Vladimir Ilych Ulianov, conhecido como Lenin, um grande marxista, revolucionário e líder da Revolução Russa, morreu. Desde então uma enorme campanha contra ele e para distorcer suas ideias tem sido realizada pela burguesia. O motivo pela qual a burguesia e seus ideólogos atacam Lenin é exatamente porque ele conduziu a classe operária ao poder. A classe dominante não pode tolerar um exemplo como ele. Lenin morreu, mas suas ideias permanecem vivas, são completamente aplicáveis no mundo em que vivemos e é por isso que ele continua sendo uma figura atacada, mesmo cem anos após sua morte.
A síntese de suas ideias consiste no internacionalismo proletário e na necessidade de construir um partido disciplinado, centralizado e educado nas ideias e tradições do marxismo. O internacionalismo proletário consiste precisamente na doutrina de que os problemas fundamentais que sofrem os proletários do Brasil, por exemplo, são os mesmos que os proletários de outras nações. É claro que cada nação em particular contém suas próprias contradições, fruto da história da luta de classes em cada país. Contudo, no que é fundamental – a exploração do capital sobre o trabalho – todos os proletários são explorados e têm uma parte do produto de seu trabalho apropriado individualmente pelo patrão. Essa exploração ocorre segundo as mesmas leis, em qualquer país, no mundo inteiro. Sendo assim, os proletários do mundo inteiro têm interesses em comum que superam as barreiras nacionais.
O problema da revolução proletária pode e com certeza se iniciará na arena nacional da luta de classes, mas se desenvolverá em escala internacional e terá sua solução definitiva em escala mundial, quando o capitalismo, enquanto modo econômico de produção, for substituído pelo socialismo, isto é, um modo de produção baseado na propriedade comum e na planificação democrática da economia.
Essa mudança radical, que defendeu e praticou Lenin, não será resultado de meros acidentes históricos ou da falência da classe dominante. A burguesia encontra-se falida e mesmo assim não entrega o poder de maneira pacífica aos trabalhadores. Portanto, o segundo eixo fundamental das ideias de Lenin consiste precisamente no fato de que, para alcançar tal sociedade, precisamos invariavelmente nos tornarmos revolucionários profissionais, isto é, pessoas que dedicam a sua vida à construção de um partido revolucionário, democraticamente centralizado e disciplinado e educado nas tradições e ideias do marxismo. Esses revolucionários profissionais se dedicam a compreender de maneira científica a realidade e os processos revolucionários e concentraram esses aprendizados no partido, que é a memória da classe trabalhadora.
Uma revolução não acontece fruto do desejo dos revolucionários, mas segundo suas próprias leis. Quais são essas leis? Como agir quando uma revolução acontece? O que fazer para dirigir a classe trabalhadora rumo ao poder? Como lidar com a violência contrarrevolucionária? O que fazer para manter o poder? Os revolucionários profissionais, tendo em Lenin um exemplo extraordinário, se dedicaram a responder essas questões não de um ponto de vista emocional e subjetivo, mas científico e coletivo. A escola da luta de classes não é apenas a escola da educação teórica, mas dos golpes duros da vida. Portanto, os revolucionários profissionais vivem e agem na luta de classes, levando as ideias do partido à consciência materializada em organização dos trabalhadores.
Se você leu até aqui e concorda com tais ideias, você é um comunista e agora precisa de um partido para materializar sua consciência. Nesse ano, a Juventude Comunista Internacionalista (JCI) fará seu acampamento político e cultural em homenagem a Lenin, celebrando sua vida e suas ideias. Somos a fração jovem da Organização Comunista Internacionalista (OCI), seção brasileira da Corrente Marxista Internacional e te convidamos a se juntar às nossas fileiras e à preparação desse evento de educação teórica, prática e de continuidade do legado que Lenin nos deixou. Não há época melhor do que a nossa para ser comunista! Junte-se a nós!