Pela Aliança Operário-estudantil

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Situação no Brasil hoje

A crise econômica que vem se desenvolvendo no país cada vez mais afeta os jovens e trabalhadores. A saída que grandes capitalistas encontram como solução é sempre a mesma, aprofundar os ataques contra a população.

A dívida pública só aumenta e os cortes nos gastos públicos é uma das medidas que o governo encontra protelar e aumentar essa dívida. É prioritário para o governo e os parlamentares a aprovação da Reforma da Previdência, que afeta diretamente nossa juventude nos obrigando a trabalhar até morrer.

A reforma trabalhista aprovada recentemente já tem seu reflexo na vida do trabalhador, pois sua aprovação contribui para o aumento já existente da precarização. A taxa de desemprego que só vem crescendo, aumentou de 4,8% em 2014 para 12% em 2017, de acordo com o IBGE. Esses dados não consideram o aumento do trabalho informal. Ou seja, quem está pagando as contas disso tudo, somos nós.

O papel das direções reformistas

Em 2017 foi realizada a onda de mobilizações e a maior greve geral registrada na história do país. Mas as direções traidoras dos aparelhos sindicais frearam o movimento, diminuindo a intensidade das manifestações. O mesmo papel vergonhoso das direções ficou claro quando os trabalhadores não sabiam sobre o principal ponto que afeta a vida deles com a reforma trabalhista, que é o negociado sobre o legislado e a flexibilização da reforma. Vimos esse exemplo na história, do poder que um sindicato reformista tem de derrotar uma greve, como em maio de 1968 na França. A nossa tarefa é aprender com a história e usar como exemplo. É preciso de uma direção revolucionária que esteja ao lado do trabalhador e que mostre que além das conquistas nas questões pontuais, é preciso derrubar o sistema e construir uma outra sociedade.

Nossa luta contra os ataques

Antes da aprovação da reforma trabalhista a Liberdade e Luta esteve em frente a algumas fábricas para pegar assinatura do abaixo assinado contra as reformas e dialogar com os trabalhadores. O resultado dessa iniciativa foi muito proveitoso, houve grande procura dos trabalhadores interessados em assinar a petição pela Revogação da Reforma Trabalhista, da Lei de Terceirização e da Emenda Constitucional 95, do teto de gastos públicos. Era perceptível a disposição de luta dos trabalhadores motivados pelo repúdio às reformas e ao Governo Temer, sempre questionando se e quando haveria greve geral.

Esse trabalho de diálogo com os trabalhadores deve ser tarefa da Liberdade e Luta. É preciso tirar panfletos com frequência que dialogue e prepare a luta da juventude ao lado do trabalhador. Também é preciso organizar a participação nas greves que podem vir a estourar pelo país. Ir para as salas de aulas, piquetes de greve, organizar assembleia nos locais de atuação para construir a luta.

Enxergar o mundo através dos olhos da classe trabalhadora

Os exemplos de nossa luta mostram que o desânimo não está na ordem do dia entre jovens e trabalhadores. A nossa geração está fadada a sofrer um padrão de vida pior que o de nossos pais. As condições de trabalho estão piores, saúde e educação cada vez mais precárias e há constantes cortes de direito. É preciso que lutemos contra tudo isso lado a lado, na luta pela derrubada do sistema e a construção de uma nova sociedade.

A classe operária é aquela que o capital depende diretamente para se reproduzir. Ao cruzar os braços, ela coloca em xeque todo o sistema capitalista e só com sua atividade consciente será possível construir o socialismo. Por ser esse o setor fundamental do proletariado, os jovens devem conectar suas lutas aos interesses de emancipação dos operários.

Florianópolis, 28 de janeiro de 2018.                                                                                                                                   

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