Por Nenhuma Residência a Menos!

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Em 2015, ainda no governo Dilma, foi cortado R$ 10,5 bilhões do Ministério da Educação (MEC). Curiosamente, este foi o ano em que a presidenta escolheu como slogan de campanha “Pátria Educadora” para o seu segundo mandato. Desde então, são cortadas bolsas de programas de iniciação à docência e científica, programas de extensão, de assistência e etc. O investimento em educação não foi prioridade e o antigo governo, dirigido pela burguesia, mostrou que, na conciliação de classes, não era possível um ascenso da classe trabalhadora durante seu mandato.

Foi com esse nível de articulação que ficou evidente a falência do sistema de conciliação de classes e que possibilitou que Michel Temer, representante dos setores mais conservadores da burguesia, chegasse ao poder e aprofundasse ataques à educação e vários outros direitos duramente conquistados. A PEC DO CONGELAMENTO DE GASTOS, REFORMA DO ENSINO MÉDIO, REFORMA DA PREVIDÊNCIA, REFORMA TRABALHISTA são exemplos desses ataques que priorizaram o pagamento da dívida interna e externa, ao invés da população mais pobre.

É nesse cenário catastrófico de cortes e reformas nos direitos que as universidades estão cada vez mais precarizadas. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sofre com a violência da austeridade. Com isso, vários trabalhadores estão sem receber, alguns desde maio, alunos estão sem assistência estudantil e aulas. O cenário está grave, ao ponto de estudantes terem de sobreviver com doações de cestas básicas e da ajuda de amigos. Isso se repete em todo Brasil: UESB, UFRN e UFPI são outros exemplos de como a assistência estudantil deixou de ser prioridade.A Universidade Federal do Ceará (UFC) caminha no mesmo rumo destas universidades. 

Desde o ano passado até agora a UFC já reduziu funcionários terceirizados, aumentou o valor do restaurante universitário para técnicos, terceirizados e professores, viu a FUNCAP e o PIBID terem suas bolsas cortadas, teve redução nos horários do intercampi, corte nos insumos para laboratórios de ciência e cozinhas, entre diversos outros casos que sinalizam o corte de verbas que vem afetando paulatinamente o custeio da universidade a levando rapidamente a um profundo sucateamento.

O ataque mais recente da reitoria para a contenção de gastos é a tentativa de desativação da residência 2635, conhecida como “Castelo”, situada em Fortaleza. A casa tem capacidade para 21 estudantes, mas apenas 2 continuam nela. Diante da pressão sofrida pelos moradores nasceu o movimento “Nenhuma Residência a Menos” que defende a reforma sem desativação da Castelo para que ela possa receber sua capacidade máxima de pessoas sem que ela ofereça nenhum tipo de risco, para tal o movimento solicita que a Reitoria apresente:

1 – Rubrica própria para o custeio da reforma;
2 – Cronograma de execução das obras;
3 – Garantias de que após a realização da obra a casa continuará sendo uma Residência Universitária.

Além da conclusão imediata das outras duas residências que estão em obras desde 2012, e que podem atender parte da lista de espera que chega a 300 estudantes.

Precisamos dar uma resposta radical ao desmonte que vem sendo feito pelos setores da burguesia. Somente quando a classe trabalhadora estiver com o controle das instituições públicas e meios de produção é que realmente alcançaremos as mudanças que almejamos. É com Fora Temer e o congresso nacional conservador e elitista que conseguiremos dar início ao programa revolucionário. 

A Liberdade e Luta se soma e se solidariza com os residentes pela ampliação na luta pela assistência estudantil e por uma universidade que pense na permanência e formação de todos que nela ingressam. A Luta é por uma Universidade Pública, Gratuita e Para Todos! Por Nenhuma Residência a Menos!

Nenhuma Residência a Menos!
Todo Investimento Necessário Para a Educação!
Por mais assistência estudantil!
Transparência nos gastos da universidade!
Fora Temer e o Congresso Nacional!
Universidade pública, gratuita e para todos!

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