Prouni e Fies sustentaram o ensino privado, enquanto maioria ficou fora da universidade

ensino privado

ensino privadoO Estado brasileiro, nos últimos 13 anos, buscou aplicar políticas para alinhar os interesses antagônicos dos setores explorados e daqueles mais poderosos. É possível fazer essas políticas se existem reservas ou emitindo moeda para financiamento e abrir espaço para o capital privado entrar. Com a crise, falta de reservas públicas, altas taxas de dívida pública, inflação, essa opção infalivelmente se esgota. É o que temos visto. Aumento da taxa de inscrição, em 2015, para participar do Enem, e agora, corte da oferta de bolsas integrais do Prouni.

É verdade, houve expansão da oferta de bolsas concedidas pelo Prouni desde 2005, exceto em 2010 e em 2013. Mas o que temos que pensar não é na evolução da oferta, isso é o que a “tentativa keynesiana” gosta de exibir em sua vitrine. O que importa para nós é se essa oferta conseguiu absorver a demanda de inscritos.

E isso não é difícil de provar que não ocorreu: em 2015 foram ofertadas 213.113 bolsas entre parciais e integrais. Sendo que o número de inscritos foi de 1.523.878. Cada estudante teria que eliminar outros sete para poder conseguir sua vaga! Outra questão que devemos enfrentar é a escolha do governo petista em financiar esses programas ao invés de abrir novas vagas públicas. Trata-se de uma opção política que favorece o ensino privado, os empresários e grupos educacionais, ao invés de enfrentar esses interesses em favor da universalização de direitos.

Essa opção política impediu que todos os jovens pudessem ter acesso ao Ensino Superior.

 

Facebook Comments Box