Um giro pela situação mundial: uma solução, revolução!

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O ano de 2019 demonstrou a força da luta da juventude e da classe trabalhadora no mundo todo. Uma verdadeira onda revolucionária abalou as estruturas das instituições burguesas no Chile, no Sudão, na Argélia, no Haiti, Líbano e muitos outros. O movimento de massas nas ruas nesses vários países se levantou em consequência da diminuição dos níveis de vida e da austeridade dos diversos governos da burguesia, que atacam direitos da classe trabalhadora e da juventude para salvar sua pele da crise sistêmica iniciada em 2008.

Apesar da pandemia do coronavírus ter suspendido toda essa animosidade revolucionária, não liquidou as bases dessa revolta, e mesmo durante a pandemia elas submergem dando fôlego ao movimento da classe operária e da juventude.

Em 2020, os Estados Unidos foi palco de uma impressionante demonstração da disposição de luta da juventude e da classe trabalhadora com o movimento Black Lives Matter. Cerca de 26 milhões de pessoas no país participaram de alguma manifestação contra a morte de George Floyd, homem negro assassinado por um policial no fim de maio. A revolta acabou levando para as ruas o questionamento de outras contradições causadas pelo capitalismo e o próprio sistema.

O movimento serviu de exemplo para diversos outros países onde não foi possível conter as massas em casa. No Paraguai milhares de pessoas se mobilizaram para pedir a derrubada do governo que não consegue dar uma solução para a pandemia de Covid-19. Na Índia, camponeses fizeram protestos contra as leis que prejudicariam diretamente a vida dos trabalhadores do campo e pequenos produtores por mais de 50 dias. Na China o descontentamento se mostra nas redes, com memes cada vez mais radicais que se espalham rapidamente pela juventude e são claramente anticapitalistas.

 

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Em outro meme bastante difundido está a imagem do trabalhador que trabalhará duro para dar uma vida melhor para seu patrão, que reflete o pessimismo do jovem diante do sistema atual e da exploração a que tem que se submeter. A legenda diz “Enquanto o Trabalhador trabalhar duro, o patrão certamente ganhará uma vida melhor”.

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A pandemia fez se aprofundar uma forte polarização social que havia começado já nos primeiros anos da crise sistêmica. Com mais de 3 milhões de mortes por COVID-19 no mundo, mortes que poderiam ter sido evitadas, os governos nacionais burgueses demonstram sua incapacidade em lidar com a situação que causa efeitos devastadores principalmente em países mais pobres. Fica cada vez mais claro para a classe trabalhadora e para a juventude as divisões profundas da sociedade e quem está condenado a morrer.

Colômbia

A juventude e os trabalhadores colombianos foram audaciosos ao resistirem tantos dias de manifestações sofrendo a reação do Estado. As primeiras manifestações foram em abril e começaram se opondo a proposta de reforma tributária que pretendia reduzir o limite mínimo a partir do qual os salários são tributados.

No quarto dia de protestos em todo o país, ao qual o movimento adicionou mais demandas essenciais à classe trabalhadora, o presidente Ivan Duque retirou a proposta que iniciaram os atos, mas as massas continuaram nas ruas. Diante da covardia da repressão policial sobre os manifestantes houve também muita resistência por parte das bases. A direção reformista da classe foi empurrada a chamar mais manifestações e exigiu-se a criação de uma Assembleia Nacional Popular para tentar suprir a falta de uma direção revolucionária.

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A juventude teve papel fundamental e agiu na linha de frente, enfrentando a repressão. Segundo a ONG Temblores, desde que começou a paralisação até a data de aniversário de um mês dos atos já eram “3.789 casos de violência por parte da Força Pública, 1.248 vítimas de violência física, 61 casos de homicídio e 25 vítimas de violência sexual, sem contar os 356 desaparecidos que foram aparecendo em rios, lixeiras e áreas rurais com claros sinais de tortura”.

Após 49 dias de mobilizações, o comitê nacional que reúne as principais centrais sindicais anunciou a suspensão temporária das passeatas até julho. “Isso não significa que a mobilização social pare na Colômbia, ela vai continuar porque as causas que a geraram se mantêm vigentes”, disse Francisco Maltés, presidente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT). Mas centenas de jovens que não se sentem representados pela direção destes aparatos continuam nas ruas, enfrentando a polícia nas maiores cidades.

E assim acontece, não apenas na Colômbia, mas em vários países onde as massas não se sentem mais representadas pelas direções tradicionais que continuam tentando defender as instituições burguesas a todo custo, e o custo quem paga é a classe trabalhadora. Dessa maneira, na falta de uma direção revolucionária, só podem contar com sua própria força.

Peru

Os peruanos sofrem há anos com uma profunda instabilidade política e social. As instituições do Estado burguês vêm se decompondo e cinco dos últimos presidentes do país foram julgados por corrupção. Essa crise que fende as instituições é muito mais profunda. É a crise do capitalismo, vivida pela classe operária e camponesa do país que é à quem a burguesia explora para manter seus lucros diante de tantas feridas sociais.

A insatisfação da classe trabalhadora e camponesa se materializou nas últimas eleições, com a vitória do candidato de esquerda e contra a direitista Keiko Fujimori do partido Fuerza Popular e filha do ditador Alberto Fujimori. Pedro Castillo, professor sindicalista que dirigiu lutas durante anos, é filiado a um partido autoproclamado marxista-leninista-mariateguista chamado Peru Libre. Venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 50,2% de votos válidos, contra 49,8% de sua adversária.

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Diante da contestação da validade dos votos que deram vitória a esquerda pela candidata da burguesia, 20 mil camponeses foram as ruas defender o resultado eleitoral. Sem provas por parte da direita que alega fraude nas eleições, a primeira instância do tribunal eleitoral rejeitou as impugnações.

As eleições no Peru não podem ser vistas separadamente dos processos revolucionários de toda a América Latina. Foi  mais uma demonstração de descontentamento acumulado causado pela crise capitalista e pelo aumento da exploração e da pobreza. O que falta para derrotar  a burguesia nacional é um programa político socialista. Castillo ganhou porque as massas trabalhadoras acreditavam que ele representaria uma mudança radical na sociedade. Castillo sofrerá diversas pressões do imperialismo para fazer uma política mais moderada possível.

Os trabalhadores e a juventude peruana farão sua experiência com o novo governo. Saberão através das lutas que Castillo não apresenta uma saída real do sistema que causa todas essas contradições, e sim apresenta um programa de desenvolvimento do capitalismo nacional, o que é impossível dado o caráter dominado do capitalismo latino-americano. Há um cenário de grandes batalhas futuras , e com certeza, de um salto de consciência e perda das ilusões no governo e nas instituições burguesas.

Chile

As convulsões sociais de 2019 no Chile foram o reflexo da crise política e social que se acumulava por anos e de uma desigualdade cada vez mais profunda. A tensão não baixou desde então. As massivas manifestações daquele ano conquistaram um recuo do governo burguês de Sebastián Piñera, que para tentar conter os ânimos abriu uma saída institucional com um plebiscito onde 80% dos cidadãos optaram por substituir a Constituição de 1980, elaborada durante a ditadura de Augusto Pinochet.

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No início de junho aconteceu a eleição para governadores regionais, que isolou ainda mais o governo. A esquerda tradicional ganhou terreno, mas como comemorar se menos de 20% dos eleitores foram até as urnas? É mais do que claro que as massas desacreditam cada dia mais nas instituições burguesas para resolver seus problemas.

A classe trabalhadora e a juventude chilenas historicamente demonstraram a força que têm na luta através dos métodos tradicionais do operariado, nas greves e manifestações de rua.  A juventude que começou a revolta em 2019 e o movimento de mulheres pela legalização do aborto vem ocupando um papel de liderança na luta, e as massas da classe trabalhadora aos poucos tem perdido as ilusões nos partidos e sindicatos dirigidos por reformistas do sistema.

Israel e Palestina

No mês de junho um novo governo foi escolhido em Israel, encerrando o mandato de 12 anos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Mas isso não significa nenhuma mudança real para o povo palestino, que sofre com a política sionista de extermínio de seu povo e ocupação de seu território a cada dia que passa. Isso ficou mais claro com o recente ataque de bombas israelenses contra a Faixa de Gaza que deixou um rastro de destruição, 260 palestinos e 12 israelenses mortos.

Mas a barbárie capitalista imposta aos palestinos vem gerando uma mudança na luta de classes. Tem surgido um movimento unificado entre palestinos que moram dentro da fronteira israelense, na Cisjordânia e em Gaza, capaz de organizar uma greve geral palestina em maio deste ano. A greve levantou uma solidariedade internacional pela causa palestina e expôs as contradições da governo burguês de Israel e de seus aliados.

Além disso, demonstra que as massas estão dispostas a utilizar métodos tradicionais da luta de classes, o que expõe o desenvolvimento futuro da luta dos palestinos. A solução é clara: apenas a transformação socialista de toda região poderia resolver o problema de todas as nacionalidades e colocar fim a barbárie que desabriga e aniquila aquele povo.

Nos últimos dias se deu o assassinato do ativista Nizar Banat, uma figura proeminente entre o público na Palestina que postava vídeos no Facebook criticando ferozmente o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, e outros altos funcionários da AP e do Fatah. Com a certeza de que foi um assassinato politicamente motivado, milhares de pessoas compareceram no funeral de Nizar para demonstrar seu descontentamento. Também em Ramallah, a capital de fato da Cisjordânia, em Jerusalém e em toda Palestina protestos em massa estouraram pedindo o fim do regime.

A AP é cúmplice da ocupação israelense e funciona como uma extensão da repressão de Israel em cima do próprio povo, em troca de privilégios. O regime da AP não serve aos interesses da luta palestina, mas é um obstáculo que precisa ser derrubado assim como a burguesia israelense que a controla inteiramente.

Mianmar

Desde o golpe militar em 1° de fevereiro que depôs o governo de Aung San Suu Kyi, com mais de 880 mortos na repressão aos opositores, as massas vêm enfrentando uma violência brutal da junta militar. A juventude encabeçou diversas manifestações e milhares de pessoas foram as ruas por meses de luta, demonstrando uma tremenda coragem diante da barbárie que deixa um número incerto de mortos e detidos.

Enquanto a burguesia liberal finge preocupação com as massas diante do aumento da violência com a criação de grupos de autodefesa o que, segundo eles, pode intensificar a repressão por parte da junta militar, os marxistas sabem que esse não é um momento de ignorar uma resposta armada. Se a juventude e os trabalhadores mais avançados percebem a necessidade de criação de um “exército popular”, são conclusões revolucionárias que precisam ser absolutamente consideradas dada a gravidade da situação. Hoje os únicos grupos armados são os de grupos étnicos que estão em enfrentamento desde antes de golpe, mas que acabaram cumprindo um papel de defesa de manifestantes nas regiões onde atuam, longe das maiores cidades.

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Com a situação revolucionária que se abriu com o golpe e a reação da juventude e da classe trabalhadora disposta a luta, inclusive pegando em armas para se defender, a falta de um partido revolucionário que represente os interesses da classe operária e camponesa fica ainda mais evidente. Na ausência de uma organização como essa que oriente as massas para uma direção de tomada de poder, a confusão e desânimo podem ameaçar o movimento.

Mas não há outro jeito a não ser a luta com os métodos da classe trabalhadora para derrubar a junta militar. E isso passa pela organização de uma greve geral por tempo indeterminado. Apenas os trabalhadores tem o poder de bloquear a economia do país e colocar em cheque quem está no poder. E para que essa greve tenha sucesso seria necessária a organização democrática de comitês de greve e de autodefesa em cada local de trabalho, bairros e vilas, que ligariam os movimentos grevistas em todo o país através de um comitê nacional.

A classe trabalhadora e a juventude de Mianmar podem vencer através de um levante popular armado, organizando a greve geral total e uma força de defesa operária. A classe trabalhadora deve ocupar um lugar de liderança organizada, e as organizações de trabalhadores de outros países também devem se organizar em apoio, arrecadando fundos ou mesmo organizando boicotes. Essa situação pode levar não apenas a derrubada da junta militar mas a conquista do poder pela classe trabalhadora, deixando para trás seus patrões e generais.

EUA

Após a vitória de Joe Biden nas eleições americanas, presenciamos muitas ilusões nascerem inclusive em parte da esquerda, de que o povo americano finalmente caminharia na direção de ficar livre do racismo e das opressões. Nada disso condiz com a realidade, até porque Biden é o candidato preferido da burguesia e não pretende ameaçar o que está estabelecido.

Inclusive pouca coisa mudou, por exemplo, em termos de política de imigração nos EUA, que em março já sob a administração de Biden prendeu 170.000 migrantes na fronteira, entre eles crianças desacompanhadas que serão colocadas em ‘’ instituições de detenção”, as quais os liberais chamavam de “gaiolas para crianças” durante a administração de Trump.

Além disso, os gastos do governo americano de trilhões de dólares em subsídios, redução de impostos e financiamento adicional para as famílias, pequenas empresas e serviços sociais são estratégias para estabilizar o capitalismo e evitar erupções sociais incontroláveis. Isso tem sido feito internacionalmente pela burguesia mais atenta.

Se tratando dos problemas diretamente ligados a pandemia em comparação com o negacionismo de Trump, Biden já administrou 306 milhões de doses de vacina e vai tentar alcançar 70% dos adultos vacinados até o 4 de julho. Apesar disso, continua insistindo em reabrir a economia a todo custo, ignorando a falta de vacinas e as dificuldades de enfrentamento da pandemia em outros países. Esse é um problema do nacionalismo das vacinas que os governos dos países imperialistas teimam em defender.

Mesmo os países avançados na vacinação estão ameaçados de sofrerem com uma terceira onda enquanto a pandemia não for controlada em outros lugares do mundo, além de que as possibilidades de surgirem novas variantes aumentam a cada dia e tudo por causa da incompetência cega e total descaso com a vida humana da burguesia de todos os países.

Na África, a população vacinada não chega nem a 2% e só 0,6% está completamente imunizada, segundo o portal de estatísticas Our World in Data. No início do mês de junho aproximadamente 3% dos cidadãos latino-americanos haviam sido vacinados, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Esses números são baixíssimos para falar em reabertura da economia. A pandemia só será vencida socialmente, de forma coletiva, e não dentro de fronteiras nacionais.

Toda essa situação tem impacto na consciência das massas do mundo todo. Inclusive isso explica o fato das ideias socialistas, estarem crescendo principalmente entre os jovens. Interessante pensar como a juventude se adianta nos processos que se desenvolverão na sociedade.

Há poucos dias, membros da esquerda do maior sindicato da Grã-Bretanha venceram as eleições para diretoria pela primeira vez em vinte anos. O sindicato estava nas mãos da direita desde sua criação e essa mudança foi baseada no descontentamento acumulado com essa direção, principalmente pela maioria de seus afiliados que são os trabalhadores com menor remuneração. O Unison tem 1,4 milhão de membros e sua nova executiva nacional vai causar impacto dentro do Partido Trabalhista (Labour Party) e provavelmente mudar seu equilíbrio de forças.

Na França, a taxa de abstenção no primeiro turno das eleições regionais entrou para a história, com 66,7%. Entre os jovens, a abstenção chegou a 84%. Isso nada mais é do que a expressão da falta de credibilidade entre a juventude e a classe trabalhadora nas instituições do Estado burguês. Mais uma vez o que falta é o fator subjetivo.

Construir a organização revolucionária

Estamos vivendo em um momento histórico de grandes embates e as ideias do marxismo são as únicas capazes de explicar todo esse processo. Os marxistas precisam estar ombro a ombro a classe trabalhadora, explicando pacientemente as contradições do capitalismo e o que fazer para resolver o problema. Explicar que o sistema que se baseia na propriedade privada dos meios de produção não é capaz de solucionar sua fome, seu desemprego, a falta de vacina, de saúde e educação públicas e gratuitas.

Os recursos existem mas estão nas mãos de poucos. Não há possibilidade de dar tudo que a classe trabalhadora e a juventude necessita sem revogar e reestatizar tudo aquilo que foi privatizado, expropriar os bancos e todo o sistema financeiro, cancelar a dívida pública, nacionalizar os grandes grupos empresariais e o agronegócio, romper com o imperialismo e estatizar as empresas farmacêuticas, quebrar patentes e colocar toda a economia a serviço da maioria.

É necessário avançar na construção de uma organização revolucionária que esteja inserida na luta de classes de forma prática e que entenda as demandas reais da classe operária internacionalmente. Isso tudo deve estar acompanhado de formação de quadros capazes de fazer uma análise marxista das realidades onde estão colocados.

Com mais de 524 mil mortos pelo novo coronavírus, a burguesia brasileira ainda nega o isolamento social com a desculpa de salvar empregos e a economia, o que não poderia ser mais falso já que tudo continua aberto normalmente, mas o número de desempregados e pessoas sem casa e sem comida só aumenta. A insatisfação das massas contra o governo Bolsonaro começou a demonstrar sua força nas ruas, mesmo com as direções de “esquerda” se negando a travar uma batalha séria contra esse governo.

No dia 29 de maio e 19 de junho milhares de pessoas foram às ruas em todo o país exigindo claramente a derrubada do governo Bolsonaro. As direções traidoras das organizações tradicionais da classe trabalhadora insistem precisamos de uma saída institucional como um impeachment ou prometendo que tudo se resolverá nas eleições de 2022. Só foram para as ruas nesses dias com muita pressão de sua base. O que desejam na verdade é salvar a democracia burguesa, o que não tem a ver com as necessidades da maioria e sim do capital.

A situação internacional e nacional demonstram a grande disposição de luta dos jovens e trabalhadores. Cada uma das expressões nacionais de revolta e mobilização demonstram que, em diversos locais, as pessoas não aceitam mais viver como antes, não aceitam mais a dominação capitalista e buscam uma saída. Revoluções acontecem não porque os revolucionários querem, mas porque o capitalismo provoca contradições que ele mesmo não pode resolver e empurra todo o ônus de suas crises para os trabalhadores pagarem. Revoluções acontecem como maneiras de libertação da humanidade das amarras da propriedade privada dos meios de produção. Contudo, não há garantias de vitórias para os levantes das massas sem a construção de um partido revolucionário marxista com influência de massas. A Liberdade e Luta combate ombro a ombro, dia a dia, junto aos jovens que querem uma mudança em suas vidas, que desejam uma perspectiva e o direito a um futuro. Lutamos pelo socialismo e pela revolução no Brasil e no mundo, lutamos para pôr abaixo o governo Bolsonaro, pela construção de um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais! Junte-se à nós! Participe do Encontro Nacional de Luta Abaixo Bolsonaro Já, que será realizado no dia 10 de julho às 13h30. Inscreva-se!

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