Encontro Regional de Bauru-SP aprova participação no ato contra Racismo e Violência!

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Com muito entusiasmo realizamos o Encontro da Liberdade e Luta em Bauru-SP em nove de novembro, quando discutimos e debatemos as formas de organizar a luta da juventude junto à classe trabalhadora para lutarmos pela revolução socialista.

A mesa de abertura com o tema “Fora Bolsonaro e a Luta da Juventude Pelo Mundo” foi feita pelo camarada Lucas, que explicou o conteúdo da palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, e o porquê muitas organizações de esquerda se recusam a este combate, e apresentam como saída para a crise que afeta de maneira à juventude, principalmente a pobre e negra as eleições de 2022, como se pudéssemos esperar todo este tempo, enquanto o governo de Bolsonaro nos ataca. Também informou o papel revolucionário que a juventude vem cumprindo em vários países do mundo, como vanguarda nas lutas contra os governos que estão a serviço da burguesia e do capital.

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Na sequência o camarada Davi e a camarada Ana trataram de responder ao tema “Meio-Ambiente: Existe Capitalismo Sustentável?” Partindo da realidade concreta explicaram que o conceito de “capitalismo sustentável” pela maioria dos estados capitalistas, e por muitos ambientalistas, que se apropriam das justas reivindicações da classe trabalhadora e da juventude em razão da “destruição” da natureza pelo modo de produção capitalista, e tentando cooptar esta massa para uma política de colaboração de classes, vendendo a ilusão de que é possível manter este modo de produção desde que haja responsabilidade com o meio ambiente. Este é o eixo utilizado por grandes corporações em suas campanhas de responsabilidade social. Foi aprovado, que a Liberdade e Luta participará de todas as atividades que tenham como objetivo evitar a destruição do bioma do cerrado em Bauru por grandes especuladores imobiliários, apresentando uma perspectiva radical, de derrubada do capital, para a luta pelo meio ambiente!

No período da tarde o encontro prosseguiu com o informe do camarada Roque Ferreira abordando a Luta da Juventude Negra contra o Capitalismo. Afirmou que no Brasil, o racismo foi estruturado para manter a população negra excluída de todos os direitos no pós escravidão dentro do modelo de produção de trabalhão assalariado. Durante estes 121 anos a população negra foi submetida a toda sorte de violência por parte do Estado, além de ter que conviver diariamente com todas as formas de racismo. A juventude além da violência cognitiva que a destrói psicologicamente, nos tempos atuais sofre com a violência física. Todos os anos em média 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos. A maioria dos assassinatos cometidos pelas policias dos Estados. A cada ano as desigualdades aumentam e a violência segue na mesma toada.

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A cada 23 minutos um jovem negro é morto no Brasil! O encontro se chegou à conclusão sobre a necessidade da reestruturação do Movimento Negro Socialista, para que possa ser apresentada a juventude negra, uma organização revolucionária e que não fique prisioneira do “quietismo radical” da maioria das organizações e movimentos negros que se recusam a combater o sistema capitalista, que gera toda a exploração e violência contra a juventude negra.

No encerramento do encontro Lucas Mendes estudante da Unesp Bauru e militante da Esquerda Marxista apresentou o tema “Ciência, Universidade e Revolução”, onde demonstrou como o governo Bolsonaro seguindo a diretrizes impostas pelos donos do capital, ataca a universidades públicas tendo como alvo a pesquisa que impulsiona o desenvolvimento da ciência, o que se expressa nos cortes aos programas de bolsas para pesquisas.

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O mesmo caminho é trilhado pelo governo Dória no Estado de São Paulo em relação a USP, UNICAMP e UNESP. A juventude demonstrou em diversas oportunidades sua disposição de lutar, entretanto esta disposição foi contida pelas organizações estudantis como a UNE e a UBES, controladas por partidos de esquerda que definiram como estratégia congelar a s lutas nas ruas, e canalizar toda esta energia para a luta institucional e eleitoral. Estas direções não colocam como perspectiva a organização da juventude para que ela lute junto com a classe trabalhadora para derrubar o sistema capitalista. No plano mediato, a Liberdade e Luta deve continuar lutando por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, como também pelo fim do vestibular e do ENEM. Esta deve ser uma das campanhas prioritárias.

No final do domingo, depois de intensas discussões, os presentes saíram animados do encontro e com muita disposição de construir o primeiro núcleo da Liberdade e Luta em Bauru, e com a compreensão que a saída para a juventude e a humanidade esta na luta pela vitória da revolução socialista.

O encontro deliberou:

  • Participação da Liberdade e Luta no ato Contra o Racismo e a Violência a ser realizado dia 23 de novembro pelo MNS-Bauru!
  • Impulsionar a campanha em defesa da vida da Prof.ª Mara!
  • Continuar a desenvolver a campanha de Moções defesa da camarada Suelen e contra a perseguição política a Vinicius Lopes e Yuri Quiterio!
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